Veja fotos do antes e depois da destruição causada pelo furacão Melissa

Tempestade é a mais forte dos últimos 175 anos e deixou ao menos sete mortos no Caribe.

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Redação producaodiario@svm.com.br
Uma cama levada pelas enchentes é vista após a passagem do furacão Melissa pela cidade de San Miguel de Parada, na província de Santiago de Cuba, em 29 de outubro de 2025.
Legenda: O poderoso furacão Melissa atingiu a costa leste de Cuba na quarta-feira, causando danos e inundações em casas e ruas da província de Santiago de Cuba.
Foto: Yamil Lage / AFP.

O furacão Melissa, considerado o mais poderoso dos últimos 175 anos, atingiu Cuba com categoria 3 por volta das 4h10 da manhã (horário de Brasília) desta quarta-feira (29), depois de devastar a Jamaica com ventos de quase 300 km/h.

Imagens de satélite revelam o antes e depois de regiões jamaicanas totalmente destruídas pela passagem do fenômeno, que provocou ventos extremos, chuvas torrenciais e marés de tempestade que chegaram a 3,6 metros acima do nível do mar.

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Mortes e estragos

De acordo com números oficiais, o Melissa já deixou ao menos sete mortos:

  • três na Jamaica, durante os preparativos para a chegada da tempestade;
  • três no Haiti;
  • e um na República Dominicana.

Veja fotos

Esta combinação de imagens, criada em 29 de outubro de 2025, mostra (acima) esta imagem de satélite divulgada pela Vantor em 6 de setembro de 2025, com uma visão geral de Montego Bay, Jamaica, antes do furacão Melissa, e (abaixo) esta imagem de satélite divulgada pela Vantor em 29 de outubro de 2025, com uma visão geral de Montego Bay, Jamaica, após o furacão Melissa.
Legenda: O furacão Melissa trouxe níveis de devastação sem precedentes para a Jamaica, afirmou o coordenador residente da ONU no país em 29 de outubro de 2025. Cubanos caminhavam por ruas alagadas e cobertas de destroços enquanto o furacão Melissa assolava o Caribe, deixando 30 mortos ou desaparecidos no Haiti e devastando vastas áreas da Jamaica.
Foto: Imagem de satélite / Vantor / AFP.

Esta combinação de imagens, criada em 29 de outubro de 2025, mostra (acima) esta imagem de satélite divulgada pela Vantor em 7 de outubro de 2025.
Legenda: Visão geral de um bairro em New Hope, Jamaica, antes do furacão Melissa, e (abaixo) esta imagem de satélite divulgada pela Vantor em 29 de outubro de 2025, que mostra uma visão geral de um bairro em New Hope, Jamaica, após o furacão Melissa.
Foto: Imagem de satélite / Vantor / AFP.

Esta combinação de imagens, criada em 29 de outubro de 2025, mostra (acima) esta imagem de satélite divulgada pela Vantor em 7 de outubro de 2025.
Legenda: Na Jamaica, cerca de 15 mil pessoas buscaram abrigos de emergência em todo o país.
Foto: Imagem de satélite / Vantor / AFP.

Na Jamaica, cerca de 15 mil pessoas buscaram abrigos de emergência em todo o país, incluindo uma delegacia de polícia na cidade de Black River, no sudoeste. O governo relata danos extensos na paróquia de St. Elizabeth, uma das mais afetadas.

O primeiro-ministro Andrew Holness declarou “estado de desastre” em todo o território, medida que também busca conter a alta abusiva de preços de alimentos, água e itens básicos, cada vez mais escassos.

Mais de 500 mil pessoas ficaram sem energia elétrica na terça-feira (28). O impacto foi mais grave no oeste da ilha, onde 77% dos clientes da Jamaica Public Service perderam o fornecimento.

A conectividade com a internet caiu para 30% dos níveis normais, segundo dados da organização NetBlocks.

Ventos históricos e recordes

O Melissa registrou ventos máximos de 298 km/h na terça-feira (28), igualando-se a outros quatro furacões como a segunda tempestade mais forte já registrada no Atlântico desde 1851.

Apenas o furacão Allen, em 1980, superou essa marca, com 306 km/h.

O fenômeno empata também com o furacão Dorian (2019), que devastou as Bahamas, e com o furacão de 1935 nos Florida Keys, nos Estados Unidos, como os furacões mais intensos a atingir terra na região em termos de velocidade do vento.

O Melissa foi o terceiro furacão de categoria 5 da temporada de 2025 — os outros dois foram o Erin, em agosto, e o Humberto, em setembro.

Apenas em 2005 houve um número maior de furacões de categoria 5 em uma única temporada (quatro no total).

Comparação histórica

O Melissa chegou à Jamaica com 88 km/h a mais de intensidade do que o histórico furacão Gilbert, de setembro de 1988, até então o mais forte a atingir o país.

O Gilbert alcançou ventos de 209 km/h ao tocar o sudeste da ilha como um furacão de categoria 4.

O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) ainda reavaliará a intensidade final do Melissa nas próximas semanas, podendo reclassificar o fenômeno no ranking histórico das tempestades mais destrutivas do Atlântico.

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