Submarino desaparecido ao visitar destroços do Titanic tem menos de 96 horas de oxigênio
Ao todo, há cinco pessoas a bordo da embarcação, entre elas o bilionário e aviador britânico Hamish Harding
O submarino que desapareceu no Oceano Atlântico tem menos de 96 horas de oxigênio de emergência a bordo. A embarcação canadense, que segue sumida nesta terça-feira (20), deixou a costa no domingo (18) para levar turistas aos destroços do naufrágio do Titanic, mas perdeu contato quase duas horas após imergir.
Uma missão de busca e salvamento pelo submarino é realizada pela Guarda Costeira dos Estados Unidos. Segundo o contra-almirante da instituição, John Mauger, detalhou, em coletiva realizada nessa segunda-feira (19), a previsão era que a embarcação tinha "entre 70 a 96 horas" de oxigênio disponível no momento da declaração. As informações são do portal CNN.
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O oficial é o Comandante do Primeiro Distrito da Guarda Costeira, responsável pela ação de busca, que é considerada complexa. As autoridades procuram pelo submarino tanto por baixo d'água quanto na superfície.
Mauger destacou que o submarino pode ter emergido, mas ter perdido a comunicação com a embarcação de turismo de onde partiu no fim de semana.
Ao todo, há cinco pessoas a bordo da embarcação, entre elas o bilionário e aviador britânico Hamish Harding.
As autoridades foram notificadas pelo desaparecimento no domingo. Na ocasião, elas foram informadas que o navio de pesquisa canadense Polar Prince perdeu contato com o equipamento e estava atrasado na verificação das comunicações, conforme a porta-voz da Guarda Costeira, tenente Samantha Corcoran.
A empresa OceanGate Expeditions, que oferece submarinos para expedições em alto-mar, confirmou ser a proprietária do submersível e disse estar "explorando e mobilizando todas as opções" para trazer a tripulação de volta com segurança.
Mais de R$ 1 milhão por vaga
Foram planejadas 18 expedições aos destroços do Titanic, segundo a empresa OceanGate. O repórter David Pogue afirmou à televisão americana CBS, no começo de 2023, que ele leu os termos que os tripulantes precisariam assinar antes de embarcar.
Dentre eles é explicado que a viagem é realizada em "um submersível experimental, que não foi aprovado nem certificado por nenhum órgão regulador e pode resultar em danos físicos, psicológicos, ou morte". Não há precisão de turistas do submarino que desapareceu assinaram o documento.
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A empresa cobra 250 mil dólares, o equivalente a R$ 1,19 milhão, por uma vaga em suas expedições de oito dias para ver os destroços do transatlântico, localizado a 3,8 mil metros no fundo do Atlântico. O local fica a cerca de 600 km da costa de Newfoundland, no Canadá.
A empresa diz que o submarino pode acomodar cinco pessoas, que geralmente inclui um piloto, três convidados pagantes e o que chama de "especialista em conteúdo".