O Senado dos Estados Unidos deve colocar fim à paralisação mais longa dos serviços públicos federais do País, o chamado "shutdown". Senadores democratas se uniram aos republicanos em uma votação 60-40 para aprovar um acordo de compromisso, nessa segunda-feira (10).
O projeto de lei agora segue para a Câmara. O próximo passo é uma nova reunião, prevista para esta quarta-feira (12), para a aprovação do projeto, antes do envio ao presidente Donald Trump para a promulgação.
Conhecida como “shutdown”, essa paralisação acontece quando o governo federal suspende parte das atividades por falta de aprovação, pelo Congresso, do orçamento para os gastos públicos.
Mais de 1 milhão de servidores federais, incluindo controladores do tráfego aéreo, estão sem trabalhar ou trabalham sem receber o salário desde 1º de outubro.
O presidente Trump se mostrou otimista com o acordo firmado na segunda-feira. Ele se comprometeu a "cumprir o acordo" e disse que "é muito bom", quando questionado se iria acatar os termos do pacto que incluem a reincorporação dos trabalhadores federais demitidos durante o fechamento.
"Vamos reabrir nosso país muito rapidamente", afirmou Trump sobre a volta de serviços públicos federais.
O que prevê o acordo
O projeto se concentra na disputa pela prorrogação dos subsídios ao seguro-saúde, que expiram no fim do ano, exigência dos democratas. Do outro lado, os republicanos defendem negociar esse ponto após a aprovação do orçamento.
Sem a ajuda orçamentária, não prevista nas votações, milhões de americanos terão que pagar o dobro pelo seguro a partir do próximo ano.
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O acordo prevê um orçamento até janeiro e a readmissão de funcionários demitidos pelo governo durante o fechamento.
O projeto também contempla o financiamento, durante todo o ano fiscal, de programas de ajuda, como o SNAP, do qual se beneficiam mais de 42 milhões de americanos de baixa renda para a compra de alimentos.