Donald Trump diz que pagará US$ 2 mil a norte-americanos com lucros do 'tarifaço'

Presidente ainda chamou de "tolas" as pessoas que criticam a medida.

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 09:26)
Donald Trump, presidente dos EUA, chegando a evento vestindo terno preto e gravata vermelha.
Legenda: Donald Trump ainda citou "investimentos recordes" nos EUA.
Foto: Allison Robbert / AFP.

Donaldo Trump, presidente dos Estados Unidos, afirmou em pronunciamento no domingo (9) que o governo deve pagar US$ 2 mil (cerca de R$ 10,7 mil) aos norte-americanos, excluindo os de alta renda, com "dividendos" da arrecadação do "tarifaço", imposto pela gestão dele a outros países. 

"Estamos arrecadando trilhões de dólares e em breve começaremos a pagar nossa enorme dívida, de US$ 37 trilhões. Há investimentos recordes nos EUA, com fábricas e plantas surgindo por toda parte. Um dividendo de pelo menos US$ 2 mil por pessoa (excluindo pessoas de alta renda!) será pago a todos", escreveu Trump.

O presidente chamou de "tolas" as pessoas que criticam as tarifas comerciais, justamente em meio ao aumento delas relacionadas ao impacto das imposições. Além disso, também crescem as dúvidas sobre a legalidade da aplicação.

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Juízes da Suprema Corte dos EUA questionaram a legalidade das tarifas, mas ainda não há uma previsão para uma decisão sobre manutenção ou revogação das taxas.

Outro ponto questionado do discurso de Trump diz respeito ao momento inflacionário do país. O indicador, por exemplo, mostra que a inflação dos EUA está acima da meta estabelecida pelo Federal Reserve, estipulada em 2%.

Dividendo de US$ 2 mil

Questionado sobre a declaração do presidente, Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, sugeriu que o dividendo deve ser possível por meio de vários benefícios econômicos. 

"O dividendo de US$ 2 mil pode vir de muitas formas e por muitos caminhos", disse ele de forma cautelosa, apontando que o objetivo do "tarifaço" seria reequilibrar o comércio e incentivar o retorno de indústrias aos Estados Unidos.

Ele ainda explicou medidas que podem estar relacionadas à declaração de Trump. "Pode simplesmente vir das reduções de impostos que estamos vendo na agenda do presidente. Sem imposto sobre gorjetas, sem imposto sobre horas extras, sem imposto sobre a Previdência Social e com dedutibilidade de empréstimos para automóveis", completou Bessent, dessa vez em entrevista ao programa This Week.

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