
O Rei da Jordânia, Abdullah II, recusou a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de receber todos os palestinos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, tanto na Jordânia quanto no Egito. Os líderes se reuniram na capital norte-americana Washington, nesta terça-feira (11), e Abdullah se mostrou disposto a aceitar cerca de 2 mil crianças palestinas que estão doentes e necessitando de ajuda humanitária.
"Acredito que uma das coisas que podemos fazer imediatamente é levar 2 mil crianças, crianças com câncer que estão em estado muito grave, isso é possível", disse o rei jordaniano.
Trump classificou a iniciativa como um "gesto bonito" e disse que não estava ciente dela antes da chegada do monarca jordaniano e de seu filho, o príncipe Hussein, à Casa Branca.
O presidente dos EUA quer assumir o controle da Faixa de Gaza, mas deia tem sido rechaçada até por aliados do país norte-americano.
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Sobre receber mais pessoas de Gaza, Abdullah II manteve sua opinião e disse que seu principal compromisso é com o povo da Jordânia e "com a estabilidade e o bem-estar do jordanianos.
"Reiterei a posição firme da Jordânia contra o deslocamento dos palestinos em Gaza e na Cisjordânia. Essa é a posição unificada dos países árabes. A reconstrução de Gaza, sem o deslocamento da população palestina e com atenção à grave situação humanitária, deve ser a prioridade de todos", disse.
O rei finalizou afirmando que pretende continuar a boa relação com os EUA na busca de pôr fim aos conflitos: "Alcançar a paz justa com base na solução de dois estados é a maneira de garantir a estabilidade regional. Isso requer liderança dos EUA. O presidente Trump é um homem de paz. Ele foi fundamental para garantir o cessar-fogo em Gaza. Esperamos que os EUA e todas as partes interessadas garantam que ele se mantenha".