Netanyahu diz que acordo de cessar-fogo será encerrado se Hamas não libertar reféns até sábado (15)

Primeiro-ministro de Israel ameaçou o grupo com 'combates intensos' na Faixa de Gaza

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Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 18:15)
Benjamin Netanyahu na frente de fundo azul e bandeira de Israel também ao fundo à esquerda
Legenda: Benjamin Netanyahu é o primeiro-ministro de Israel
Foto: Shutterstock

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou o Hamas nesta terça-feira (11) com "combates intensos" na Faixa de Gaza se o grupo não libertar os reféns até este sábado (15). Caso não seja cumprido o ultimato, ele afirma que a guerra será retomada. A ameaça foi publicada por meio de um vídeo nas redes sociais, um dia após o Hamas alegar que Israel descumpriu termos do cessar-fogo e suspender a libertação.

"Se o Hamas não devolver os reféns até o meio-dia de sábado, o cessar-fogo terminará e o Exército de Israel retomará combates intensos até que o Hamas seja finalmente derrotado", disse Netanyahu.

Veja vídeo

"À luz do anúncio do Hamas de sua decisão de violar o acordo e não libertar nossos reféns, ontem (segunda, 10) à noite ordenei que a IDF reunisse forças dentro e ao redor da Faixa de Gaza. Essa operação está sendo realizada neste momento. Ela será concluída em um futuro muito próximo", acrescentou o primeiro-ministro de Israel.

No pronunciamento, Netanyahu também saudou o papel de Trump na pressão para libertar os reféns e sua "visão revolucionária do presidente para o futuro de Gaza".

Para reforçar o ultimato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também exigiu que o Hamas liberte os reféns no fim de semana. O magnata disse ainda não acreditar que o Hamas cederá à pressão, o que levaria ao colapso da trégua.

"Tenho um prazo até sábado, mas não acho que [eles agirão antes] desse prazo", disse ele na Casa Branca ao receber o rei Abdullah II da Jordânia.

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Netanyahu estava ao lado de Trump quando ele sugeriu que os Estados Unidos deveriam assumir o controle da Faixa de Gaza, deslocando os palestinos de forma 
permanente. A ideia foi rechaçada até mesmo por aliados dos EUA.

O Hamas acusou Israel de violar o acordo de cessar-fogo e anunciou na segunda-feira (10) que a próxima liberação de reféns seria adiada por tempo indeterminado. A troca dos israelenses sequestrados no atentado de 7 outubro por prisioneiros palestinos é parte do pacto de cessar-fogo em vigor na Faixa de Gaza.

Até esta terça (11), o Hamas entregou 16 dos 33 reféns que devem ser libertos nesta primeira etapa do acordo.