Papa Leão XIV ignora formalidade e abraça irmão mais velho após missa inaugural
O pontífice e Louis Prevost se encontraram e conversaram brevemente após a cerimônia

Após a missa inaugural de seu pontificado, nesse domingo (18), o papa Leão XIV, de 69 anos, recebeu os cumprimentos de diversas lideranças na Basílica de São Pedro. O que chamou atenção, no entanto, foi o reencontro com seu irmão mais velho, Louis Prevost, de 73 anos.
Abdicando das formalidades, os irmãos se abraçaram e conversaram brevemente durante o encontro.
Segundo informações da CNN, Louis disse à imprensa americana que, ao saber da notícia que seu irmão era o novo pontífice, sentiu vontade de lhe dar um "high five", que em português significa "toca aqui".
No entanto, considerando que o irmão mais novo agora é o papa, Louis disse, em tom humorado, que provavelmente tentará se comportar um pouco.
Ele ainda comentou que não planeja chamá-lo de "Sua Santidade". "Vou chamá-lo de Rob. Talvez eu tente abraçá-lo, e talvez eles desaprovem isso. Mas ele sempre será Rob para mim", afirmou.
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Pedidos de união
Durante a missa inaugural de seu pontificado, o Papa Leão XIV relembrou o antecessor, Papa Francisco, pediu unidade da Igreja Católica e criticou a marginalização dos mais pobres.
O novo pontífice chegou para a celebração no Papamóvel, percorrendo a Praça de São Pedro. No trajeto, parou o veículo duas vezes para abençoar bebês.
Ao chegar a Basílica, Leão XIV foi até a tumba de Pedro, considerado o primeiro papa da Igreja Católica, onde realizou orações. Para a missa, o papa renunciou ao tradicional trono — colocado, geralmente, atrás do altar — e pediu para receber os itens simbólicos na frente do altar.
Foram entregues a Leão XIV o Pálio — pano branco de lã que representa o pontífice como pastor à frente da Igreja — e o Anel de Pescador, fabricado exclusivamente para o papa, usado para selar documentos.
União, amor e atenção aos pobres
A homilia de Leão XIV deu mais indicativos de como deve ser o pontificado dele. Ao falar sobre Papa Francisco, ele se emocionou.
O novo papa lembrou os 'dias de tristeza' após a morte do argentino e deu mais indícios de continuidade do legado de Francisco, dado o tom pastoral do primeiro discurso.
Ele pregou a união da Igreja com países em que o catolicismo não é predominante. Ele defendeu ainda uma "Igreja Unida".
"Quero uma Igreja unida, que seja fermento para um mundo reconciliado. Ainda vemos demasiado dano e discórdia causadas pelo ódio por um paradigma humano que explora os recursos da terra e marginaliza os pobres".
"Dentro dessa massa, queremos ser um pequeno fermento de esperança e de unidade. Olhai para Cristo, aproximem-se dele. Escutem a palavra de amor para que se torne sua única família", completou.