Pai de Alok relembra ataque do Hamas em rave em Israel: 'foi um grito de susto de todo mundo'
DJ Juarez Petrillo foi retirado do local pela produção do evento e permaneceu em bunker
Dias após a rave SUPERNOVA Universo Paralello Edition ser alvo de ataques pelo grupo Hamas, em Israel, Juarez Petrillo, pai do DJ Alok e atração do festival, decidiu falar publicamente sobre o ocorrido. Em entrevista para o Fantástico, divulgada nesse domingo (15), o artista revelou detalhes da invasão e narrou os momentos de tensão vividos.
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Realizada a cerca de 6 km da Faixa de Gaza, epicentro do conflito, a festa contava com três palcos, que receberiam performances de 16 DJs, incluindo Juarez. “Eu estava para entrar em 10 minutos. Estava a coisa mais linda, parecia a pista mais incrível da minha vida. De repente, estourou uma bomba do lado da festa. Foi um grito de susto de todo mundo”, contou.
Com a explosão, segundo o artista, o público se desesperou. Em meio ao caos, membros do Hamas começaram a invadir o local em motocicletas.
“De repente, a gente escutou um barulho de metralhadora. O cara que tava comigo falou: ‘É o nosso exército dando o troco’. Falou desse jeito, como se fosse a defesa. Mas, pelo contrário, eram motocicletas entrando dentro da festa”, relatou.
MOMENTOS ANGUSTIANTES
Durante a confusão, Juarez foi retirado pela produção do festival em um carro, e acabou sendo levado para um abrigo subterrâneo, onde permaneceu protegido. No bunker, o artista disse que buscou forças no amor que sente pelos netos para lidar com a situação.
“O que me deu um caminho, um norte, foi quando eu lembrei dos meus netos. Não era DJ mais, (nem) produtor, artista. Não, sou vovô”, desabafou.
Também presente na entrevista, Alok revelou como ficou sabendo do ataque: “Eu vi por causa dos vídeos da internet e aí eu comecei desesperadamente a ligar para ele. Não atendia. A ficha foi caindo no dia seguinte, quando a gente viu que tinha mais de 250 corpos ali perto da área do festival, e foi começar a entender a gravidade do ataque”.
Assustado com a proporção do conflito, o filho viveu momentos de aflição. “Meu pai estava preso ainda em um bunker, eu queria tirar ele de qualquer jeito de lá. Ainda mais que estava em uma região muito próxima de Gaza”, disse.
Na última quinta-feira (12), Alok compartilhou o reencontro com o pai nas redes sociais. Como legenda para imagem em que os dois aparecem abraçados, ele escreveu: “Que alívio poder te abraçar, pai!”.