Governo Trump proíbe entrada da ex-presidente Cristina Kirchner nos EUA por 'corrupção significativa'
Segundo o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio, a ex-parlamentar minou 'a confiança do povo argentino e de quem investe no futuro do País'

O governo Trump, por meio do secretário de Estado norte-americano Marco Rubio, informou nesta sexta-feira (21) que a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, está proibida de entrar no País devido à "corrupção significativa".
Em comunicado oficial divulgado pelo governo dos Estados Unidos, Rubio acusa Cristina Kirchner, principal nome da oposição ao presidente argentino Javier Milei, e o ex-ministro do Planejamento Julio Miguel De Vido de "participação em corrupção significativa durante seu tempo na função pública".
A nota ainda detalha que, assim como Kirchner e Julio Miguel, seus "familiares mais próximos" não podem entrar em território estadunidense.
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Segundo Rubio, os ex-parlamentares "abusaram de suas posições ao orquestrarem e se beneficiarem financeiramente de múltiplos esquemas de suborno relacionados a contratos de obras públicas, resultando em milhões de dólares roubados do governo argentino". Além disso, Cristina e De Vido minaram "a confiança do povo argentino e de quem investe no futuro" do País, sustentou Rubio.
O atual presidente da Argentina Javier Milei, chamado de "amigo" por Donald Trump, celebrou a decisão do governo em barrar Kirchner. "Che Cristina", escreveu ele nas redes sociais, zombando dos discursos da ex-presidente sobre ele que geralmente começam com "Che Milei".
Oposição
Cristina Kirchner, de 72 anos, lidera a principal legenda da oposição, o Partido Justicialista (PJ). Foi duas vezes presidente, entre 2007 e 2015, e vice-presidente no governo Alberto Fernández entre 2019 e 2023.
Desde o fim de seu mandato em 2015, Cristina enfrentou várias ações judiciais por corrupção e chegou a ser condenada em duas instâncias a seis anos de prisão e à inabilitação política perpétua por "administração fraudulenta" na concessão de obras viárias durante o seu mandato. A ex-presidente recorreu da sentença e está à espera da decisão da Corte Suprema da Nação.
Desde que Javier Milei assumiu o poder em dezembro de 2023, a ex-presidente se tornou uma das maiores opositoras do governo.