Tribunal argentino confirma condenação da ex-presidente Cristina Kirchner

Kirchner foi condenada a seis anos de prisão em 2022. Em caso de recurso, decisão ficará para a Suprema Corte

Escrito por Diário do Nordeste / AFP ,
Cristina Kirchner
Legenda: Além de cumprir dois mandatos como presidente, de 2007 a 2015, Kirchner foi vice-presidente de 2019 a 2023
Foto: TOMAS CUESTA / AFP

Um tribunal argentino confirmou, nesta quarta-feira (13), a condenação a seis anos de prisão e a inabilitação para exercer cargos públicos da ex-presidente Cristina Kirchner, em um caso de administração fraudulenta, cuja sentença não será cumprida até a decisão da Suprema Corte.

A Câmara Federal de Cassação Penal decidiu "condenar Cristina Elizabeth Fernández de Kirchner a seis anos de prisão, inabilitação especial perpétua para exercer cargos públicos, acessórios jurídicos e os custos do processo, considerando-a criminalmente responsável pelo crime de administração fraudulenta em detrimento da administração pública", em uma decisão cuja leitura foi transmitida ao vivo.

Kirchner, 71 anos, havia sido condenada em primeira instância em 2022 a seis anos de prisão e inabilitação política perpétua por "administração fraudulenta" na concessão de obras rodoviárias durante seu mandato (2007-2015), uma decisão que agora foi ratificada por um tribunal superior. 

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Recurso

Caso alguma das partes recorra da decisão, como se presume, será a Suprema Corte de Justiça que dará uma solução definitiva ao caso e, pelo menos até lá, Kirchner não será presa e poderá ocupar cargos públicos. Além de cumprir dois mandatos como presidente, de 2007 a 2015, Kirchner foi vice-presidente de 2019 a 2023. 

O resultado da decisão já havia sido previsto pela ex-chefe de Estado de centro-esquerda, que na terça-feira (12) publicou uma carta intitulada "Los Copitos de Comodoro Py", uma referência aos vendedores acusados de tentar assassiná-la em setembro de 2022 e ao tribunal que decidiu contra ela.

"A 'Causa Vialidad' começou como um show e terminará da mesma forma", escreveu a ex-presidente, considerando que o objetivo da decisão é proscrevê-la "para sempre".

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