Parque na Austrália encontra víbora-da-morte com mutação genética que cria três presas

Espécime é considerada uma das mais perigosas do mundo

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Imagem detalhada de uma mão manuseando uma víbora-da-morte, destacando sua textura e particularidades, ideal para amantes de répteis
Legenda: Descoberta pode ser resultado de uma rara mutação genética
Foto: Divulgação/Australian Reptile Park

Cientistas do Parque de Répteis Australiano anunciaram a descoberta de uma espécie rara e venenosa de cobra chamada "víbora-da-morte". Além do achado, este espécime em particular causou surpresa nos especialistas por apresentar três presas, sendo considerada uma das mais perigosas do mundo.

A adição da terceira presa, localizada no lado esquerdo da boca do animal, é resultado de uma mutação genética. Essa característica ainda permite que a cobra produza duas vezes mais veneno do que o normal.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Bill Colett, gerente do parque, ressalta nunca ter encontrado algo assim antes. "Temos essa víbora-da-morte no programa de veneno há cerca de sete anos, mas só recentemente notamos a terceira presa. Achei que ela simplesmente cairia com o tempo, mas um ano depois, ela continua lá!", afirmou.

Por enquanto, os cientistas buscam entender as origens desse novo detalhe, assim como tentam desvendar o mistério da abundância de veneno. "Cada vez que ela morde o frasco, o veneno sai de todas as presas, o que é bizarro! Isso é inacreditavelmente raro", ressalta Colett.

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A teoria mais aceita entre os pesquisadores é de que a mutação esteja relacionada à substituição das presas. As serpentes precisam renovar constantemente os caninos. Assim, quando uma presa é perdida, outra nasce para tomar o seu lugar e para manter o sistema de veneno afiado e funcional.

Características da víbora-da-morte

A víbora-da-morte (Acanthophis antarcticus) é reconhecida pela cabeça triangular, o corpo robusto com 80cm de comprimento e cauda fina. Ela é encontrada principalmente na Austrália, nas regiões do Território do Norte, Queensland, New South Wales, Victoria, Austrália do Sul e Ocidental.

Espécimes comuns, com duas presas, produzem um veneno tóxico e leal. Segundo o Museu Australiano, antes da introdução do antiofídico específico para a cobra-da-morte, cerca de 60% das mordidas em humanos eram fatais.