'Nada mudou', diz amigo de turista morto em mesmo vulcão onde brasileira caiu na Indonésia

Em 2022, o israelense Boaz Bar Anam escorregou e caiu cerca de 200 metros no Monte Rinjani

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Redação producaodiario@svm.com.br
Boaz Bar Anam em selfie em montanha
Legenda: Como Juliana Marins, Boaz Bar Anam também escorregou e demorou cerca de uma semana para ter seu corpo resgatado do penhasco
Foto: Reprodução

Poucos anos antes da morte de Juliana Marins no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, em 2022, outro acidente com turista também terminou de forma trágica. À época, o israelense Boaz Bar Anam, 37, escorregou e caiu cerca de 200 metros enquanto fazia fotos com um grupo de trilheiros.

Em entrevista à CNN, Michael Morozov, um amigo da vítima, afirmou que Boaz também não foi resgatado a tempo porque os socorristas da região enfrentaram dificuldades no acesso ao terreno íngreme. "A operação foi arriscada e complicada. Só posso presumir que nada mudou em termos de segurança no local. É lamentável", comentou.

Segundo o amigo, Boaz estava com outros trilheiros tirando fotos do local quando entregou o celular a outro turista e, ao se levantar, perdeu momentaneamente o equilíbrio e escorregou. Como no caso de Juliana, o corpo só foi encontrado com o apoio de drones. Já o resgate ocorreu cerca de uma semana após a queda.

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Barreiras diplomáticas

Michael afirmou ainda que a família de Boaz também enfrentou entraves de comunicação durante as buscas, uma vez que Israel e Indonésia não mantêm relações diplomáticas formais, o que significa que não há embaixada israelense em Jacarta — diferentemente do Brasil.

"O fato de esses incidentes trágicos continuarem a ocorrer mostra que algo ali não é totalmente seguro", reforçou o israelense à CNN.

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Com cerca de 3,7 mil metros de altitude, o Monte Rinjani é o segundo ponto mais alto da Indonésia. Desde 2020, ao menos oito pessoas morreram e aproximadamente 180 se acidentaram na região, que é de difícil acesso, com terreno íngreme, pedras escorregadias e constante neblina.

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Entenda o caso

Juliana Marins estava fazendo um mochilão por países asiáticos desde fevereiro. Na última semana, ela percorria uma trilha com um grupo de turistas, próximo ao vulcão do Monte Rinjani, na Indonésia, quando se desequilibrou e caiu de uma altura de aproximadamente 300 metros.

Dias depois, uma equipe de resgate operou um drone para localizar a brasileira e a encontrou imóvel, já a uma profundidade de cerca de 500 metros.

O corpo da brasileira só foi retirado do local na manhã desta quarta-feira (25), pelo horário de Brasília.

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