Irã volta a lançar mísseis contra Israel; mídia do país contabiliza pelo menos 50 lançamentos
Sirenes de alerta e explosões são ouvidas perto da capital Tel Aviv e de Jerusalém neste domingo (15)

Cenário cada vez mais conturbado no Oriente Médio. Neste domingo (15), o Irã voltou a lançar mísseis contra o território israelense. São pelo menos 50 ataques contabilizados pela mídia iraniana e confirmados pelas Forças de Defesa de Israel.
Este, por final, informou que a maioria dos mísseis foi interceptada por sistemas de defesa aéreo: “Não recebemos relatos de projéteis caídos”, afirmaram. Enquanto isso, sirenes de alerta e explosões foram ouvidas perto da capital Tel Aviv e de Jerusalém. As informações são do Metrópoles.
O IDF recomendou que, ao receber o alerta, a população procure um abrigo e permaneça no local até novo aviso. Em comunicado, as forças armadas israelenses publicaram: “Há pouco tempo, as IDF identificaram mísseis lançados do Irã em direção ao território do Estado de Israel. Sistemas defensivos estão operando para interceptar a ameaça".
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A nova ofensiva, ocorrida entre a noite desse sábado (14) e a madrugada deste domingo, deixa 10 mortos e cerca de 250 feridos. Até o momento, há 13 vítimas e mais de 380 feridos do lado israelense.
O governo do Irã, por sua vez, decidiu interromper a atualização de mortos e feridos no conflito. As informações mais recentes contabilizam pelo menos 78 óbitos, além de 320 pessoas feridas no território iraniano.
Focos dos mísseis e retaliação
Os novos ataques das Forças de Defesa de Israel miraram instalações de produção de armas nucleares e navios-tanque de combustível, conforme autoridades. Já a Agência de Notícias da República Islâmica (IRNA) apontam que Tel Aviv, Haifa e Ashkelon são alguns dos focos do conflito.
Tudo indica que haverá retaliação. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irã pagará “um preço muito alto” pela morte de inocentes. “O Irã pagará um preço muito alto pelo assassinato de mulheres, crianças e civis inocentes – e isso acontecerá em breve”, ameaçou após visitar o local dos ataques desta madrugada.
Por outro lado, mais cedo, o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, anunciou que o Irã não tem interesse em expandir o conflito a países vizinhos. Segundo ele, o país cessaria as ofensivas se Israel também parasse de atacar os iranianos.
O ministro acusou Israel de querer “arrastar a guerra para além do território iraniano”, e considerou como “um erro estratégico” a movimentação israelense para trazer a guerra até a região do Golfo Pérsico.
Acusação contra os EUA
Araqchi também acusou o governo de Donald Trump de apoiar as ofensivas de Israel. Na reunião emergencial do Conselho da ONU, ele indicou ter “evidências sólidas” de que as forças armadas norte-americanas apoiaram os ataques do “regime sionista” contra o Irã.
“É necessário que o governo dos EUA condene o ataque às instalações nucleares e se retire explicitamente deste conflito para provar suas próprias boas intenções”, disse.
Donald Trump, por sua vez, negou qualquer ligação com o ataque feito contra o Irã na noite desse sábado. Ele afirmou que, se os iranianos atacarem os norte-americanos, o exército dos EUA responderá “em níveis nunca antes vistos”.
Em publicação nas redes sociais, o presidente americano afirmou que “Irã e Israel deveriam chegar a um acordo, e chegarão a um acordo”. Ou seja, o chefe da Casa Branca indicou que deve interferir nas negociações entre os países.
“Teremos paz, em breve, entre Israel e Irã! Muitas ligações e reuniões estão acontecendo agora. Eu faço muita coisa e nunca recebo crédito por nada, mas tudo bem, o povo entende. Façam o Oriente Médio grande novamente”, escreveu, em alusão ao próprio slogan político “Faça a América Grande Novamente”.