Guerra entre Israel e Hamas pode causar rombo econômico 'grave', alerta Banco Mundial
Declaração foi realizada durante fórum anual Iniciativa de Investimento Futuro
A guerra entre Israel e o Hamas pode causar um prejuízo "grave" ao desenvolvimento econômico global, conforme alertou, nesta terça-feira (24), o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, na Arábia Saudita. Em discurso no fórum anual Iniciativa de Investimento Futuro, conhecido como "Davos do Deserto", o presidente da instituição financeira disse acreditar "que o impacto no desenvolvimento econômico será ainda mais grave".
"Estamos diante de uma conjuntura muito perigosa", acrescentou Banga. A inovação e a transformação econômica, que eram os temas desta edição do fórum, foram ofuscadas pela guerra.
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Larry Fink, CEO do gigante de gestão BlackRock, afirmou que "se esses problemas não forem resolvidos, provavelmente significará mais terrorismo global, mais insegurança, mais medo e menos esperança". Conforme Fink, quando "há menos esperança, vemos contrações em nossas economias", afirmou.
Mais de 6.000 dirigentes estão inscritos para o evento de três dias, que incluirá diretores dos maiores bancos do mundo e os presidentes da Coreia do Sul, Quênia e Ruanda, conforme os organizadores.
A guerra entre Israel e o Hamas faz contraste com a visão promovida pela Arábia Saudita, de um Oriente Médio próspero. Riade, capital da Arábia Saudita, retomou neste ano suas relações com o Irã e esteve perto de reconhecer o Estado de Israel, antes do início do conflito.
Guerra entre Israel e Hamas
A atual guerra gera temores de uma escalada no Oriente Médio, especificamente entre Israel e o grupo libanês Hezbollah - uma organização apoiada pelo Irã e aliada do Hamas.
Lideranças do grupo islamita palestino Hamas lançaram uma ofensiva contra Israel em 7 de outubro e 1.400 pessoas foram mortas, segundo autoridades israelenses, além de contabilizar mais de 220 reféns. Nas retaliações de Israel em Gaza, mais de 5.700 mortes foram registradas.
A Arábia Saudita condenou a violência contra civis em Gaza e afirmou que apoia a causa palestina.