Chuvas intensas no México deixam pelo menos 44 pessoas mortas

Precipitações torrenciais no país são registradas desde a última quinta-feira (9)

Escrito por
Foto mostra inundação em rua do México após fortes chuvas
Legenda: Chuvas no México causaram inundações, deslizamentos e mortes
Foto: Alfredo Estrella / AFP

As chuvas torrenciais no México deixaram pelo menos 44 pessoas mortas, com os três óbitos confirmados neste domingo (12). É o que aponta a última atualização do governo do país, que tem deslocado equipes civis e militares de resgate para abrir estradas e chegar a comunidades isoladas.

Os estados de Hidalgo, Puebla (centro) e Veracruz (leste) concentram o maior número de vítimas e de danos materiais, detalhou um comunicado da Secretaria de Segurança federal. A Pasta informou que o governo "acelera os trabalhos de atendimento e recuperação nas zonas afetadas pelas chuvas".

As regiões mais atingidas compartilham uma ampla área da Serra Madre Oriental, afetada por um sistema tropical do Golfo do México que provocou intensas chuvas desde a última quinta-feira (9), no fim de uma temporada de fortes precipitações.

A nebulosidade começou a se dissipar neste domingo, o que permitiu intensificar os esforços para abrir as numerosas estradas situadas nas montanhas e que mantêm dezenas de pequenas localidades isoladas. 

Veja também

PRESIDENTE VISITA ÁREAS 

A presidente Claudia Sheinbaum anunciou em sua conta na rede social X que neste domingo visitará as principais zonas afetadas.

“Membros das Secretarias de Defesa Nacional e da Marinha, bem como dos governos estadual e municipal, estão auxiliando. Atualmente, o clima permite um progresso mais rápido e transporte aéreo para comunidades que ainda estão isoladas”, publicou Sheinbaum.

Trabalhadores da empresa estatal de energia também buscavam restabelecer o fornecimento elétrico.

ACESSO DIFÍCIL

Deslizamentos de terra e desmoronamentos em estradas e caminhos rurais foram registrados em áreas do município de Tenango de Doria, em Hidalgo, porta de entrada para vilarejos nas montanhas, onde o acesso está impossibilitado. 

Dezenas de moradores caminham quilômetros nos dois sentidos — alguns querem ir até as montanhas para saber notícias de seus familiares, enquanto outros descem em busca de alimentos e medicamentos.

"Saímos por motivos de saúde (...) além de que não há alimentos ou (os comerciantes) se aproveitam da situação e aumentam os preços", disse Giovani, de 28 anos, morador da região, que preferiu não revelar o sobrenome.

Assuntos Relacionados