Pai de cigana Hyara diz que suspeitos se entregarão à polícia: 'medo de serem linchados'

Suspeitos fugiram de carro imediatamente após a morte da vítima

Escrito por Redação ,
Hyara Santos Alves, de 14 anos, assassinada a tiro em Guaratinga, na Bahia
Legenda: Suspeito já possui um mandado de busca e apreensão em aberto por infração análoga ao homicídio
Foto: Reprodução

Hyago Alves, o pai da cigana Hyara Santos Alves, de 14 anos, assassinada a tiro em Guaratinga, na Bahia, afirmou que os dois principais suspeitos pelo crime devem se entregar à polícia nesta semana, possivelmente ainda nesta quarta-feira (19).

Segundo ele, Júnior Alves, que teria planejado o assassinato, e o filho dele, de 14 anos, adolescente que era casado com Hyara, vão se apresentar à delegacia por "medo de serem linchados". O jovem já possui um mandado de busca e apreensão em aberto por infração análoga ao homicídio. As informações são do jornal O Globo.

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Pai e filho fugiram de carro imediatamente após a morte de Hyara. Eles teriam buscado abrigo em comunidades ciganas e casas de parentes no Espírito Santo e estão foragidos até hoje.

"Ficamos sabendo que eles vão se apresentar à delegacia e que o advogado deles já esteve hoje em Itabela (cidade vizinha a Guaratinga, onde o crime aconteceu). O assunto está repercutindo muito e, no mínimo, eles devem estar com medo de serem linchados", disse o pai da vítima à reportagem.

Hyago Alves diz temer pela segurança da família enquanto os suspeitos não forem presos. "Estamos com muito medo. Estamos presos em casa enquanto eles estão aí pelo mundo", afirmou.

ENTENDA O CASO

Hyara Flor foi morta a tiros em Guaratinga, na Bahia. Ela estava casada com um adolescente da mesma idade há cerca de dois meses. Ele é apontado como o principal suspeito do crime. A adolescente tinha cerca de 18 mil seguidores no TikTok. O caso é investigado como feminicídio. 

"O marido dela efetuou um tiro à queima-roupa na garganta dela. Essa bala alojou no cérebro dela. Sem motivo nenhum, a mandado do pai e da mãe dele. Saiu um boato de que a sogra dela tinha fugido comigo. Depois, falaram que a mulher tinha se envolvido com o pai da menina, mas é tudo mentira. Para descontar, mataram a minha sobrinha. Estamos em desespero", defende o tio de Hyara.

INVESTIGAÇÕES

O caso é investigado pela Delegacia Territorial (DT) de Guaratinga como feminicídio. Em nota, a Polícia informou que uma pistola calibre 380 com dois carregadores e munições foram apreendidos no local e encaminhados à perícia. 

"Diligências e oitivas serão realizadas para esclarecer a motivação do crime, que já tem indícios de autoria", dizia a nota. Familiares de Hyara cobravam as autoridades na porta da delegacia. 

A Polícia Civil da Bahia teve acesso a imagens de câmera de segurança da rua em que as duas famílias moravam. Segundo o Uol, os parentes de Hyara desconfiam que ela tenha sofrido agressões do marido e da família dele. 

Em meio às investigações, a família dela afirmou que um objeto foi usado para agredir a adolescente.

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