Guarda provisória da filha de Sara Mariano é concedida à família do pai, preso pela morte da cantora

A cantora gospel foi encontrada morta e carbonizada no dia 27 de outubro. O marido teria sido o mandante do crime, e chegou a pagar R$ 2 mil a comparsas

Escrito por Redação ,
foto da cantora Sara Mariano e marido
Legenda: Marido da cantora gospel Sara Mariano, encontrada carbonizada, teve a prisão solicitada pela polícia
Foto: Reprodução

A Justiça da Bahia concedeu a guarda provisória da filha da cantora gospel Sara Mariano à família do pai da menina, que está preso por suspeita de mandar matar a mulher, encontrada morta no dia 27 de outubro na Região Metropolitana de Salvador. Os parentes do lado materno informaram que vão recorrer da decisão. 

De acordo com a advogada da família materna, Sarah Barros, a decisão do juiz foi dada por meio de liminar concedida na noite da última terça-feira (12). O processo seguirá em aberto, com a realização de um estudo do Serviço de Apoio e Orientação Familiar (SAOF) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). As informações são do g1.

A criança tem 11 anos e é filha de Sara Mariano com Ederlan Mariano, preso desde o dia 28 de outubro pela morte da esposa. A garota está com a família do pai desde a prisão.

Dias antes de morrer, Sara havia enviado áudios à sua família narrando episódios de agressividade do marido. Ela também disse que foi até alertada pela própria sogra que ele poderia matá-la. Familiares e amigos relataram que o relacionamento era abusivo e que Ederlan já havia estuprado Sara.

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Marido pagou pela morte 

Após a captura de Ederlan, que inclusive teve a prisão temporária prorrogada por mais 30 dias no último dia 24 de novembro, a Polícia Civil da Bahia chegou a outros três suspeitos de envolvimento no assassinato.

Durante acareação realizada na Delegacia de Dias D'ávila, na Grande Salvador, Weslen Pablo Correia de Jesus, Gideão Duarte e Victor Gabriel de Oliveira admitiram ter recebido R$ 2 mil do marido de Sara para matá-la. 

Weslen, conhecido como Bispo Zadoque, preso no dia 14 de novembro, recebeu R$ 900, pois foi quem assassinou Sara e participou da ocultação do cadáver. Já Victor, capturado no dia 15 de novembro, recebeu R$ 500, e foi a pessoa que segurou Sara para impedir que ela fugisse, além de também ter ocultado o corpo. 

Por R$ 400, Gideão Duarte transportou Sara para o local do crime. Preso no dia 15 de novembro, ele também retornou à cena para ajudar a carbonizar o corpo. 

Ao fim, R$ 200 teriam sido dados a um homem identificado como "cantor Davi Oliveira", que sabia do plano para matar Sara, mas não participou do crime, conforme os suspeitos presos. Não há informações se ele será indiciado pela Polícia. 

Relembre o crime contra Sara Mariano

Sara foi encontrada morta, e com o corpo carbonizado, às margens da rodovia BA-093, na Região Metropolitana de Salvador, no dia 27 de outubro. Ela havia sido vista pela última vez três dias antes. 

Foi o próprio Ederlan que reconheceu o corpo da esposa, pois ele mobilizou parte das buscas por Sara, por meio das redes sociais. 

O desaparecimento foi registrado na Polícia no dia 26 de outubro. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que ela deixou a residência onde mora, no bairro de Valéria, na capital baiana, e entrou em um carro. Segundo Ederlan, ela teria saído para se apresentar um encontro de mulheres da igreja. 

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