O ex-jogador Pelé, morto nesta quinta-feira (29), enfrentava o câncer de cólon, que o levou a ser hospitalizado diversas vezes. O Rei do Futebol estava internado desde 28 de novembro, em São Paulo, com o câncer já em estado de metástase - atingindo outras órgãos.
Pelé iniciou tratamento contra o câncer no cólon em 2021. Durante o tratamento, foi submetido a cirurgia para retirada do tumor em setembro do ano passado. Ele também foi submetido a quimioterapia, mas parou de responder ao tratamento.
O cólon é uma parte do intestino grosso. Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de cólon e reto geralmente se desenvolve a partir de pólipos - lesões benignas na parede do intestino.
De modo geral, a retirada do pólipo evita que ele se transforme em câncer. O acompanhamento das lesões é uma forma de evitar o surgimento da doença.
O diagnóstico pode ser realizado a partir do exame de sangue oculto nas fezes. Em alguns casos, também pode ser indicada a colonoscopia.
Não é comum que os sintomas apareçam nas fases iniciais da doença. Veja os principais sinais clínicos:
- mudanças no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre);
- sangue nas fezes;
- vontade frequente de ir ao banheiro, com sensação de evacuação incompleta;
- dor ou desconforto abdominal, como gases ou cólicas;
- perda de peso sem razão aparente;
- cansaço, fraqueza e anemia.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de cólon e reto foi diagnosticado em 21.970 homens no Brasil em 2022, correspondendo a 9,2% dos novos casos de câncer. Em mulheres, foram 23.660 diagnósticos - 9,7% do total.
Quanto mais rápido o diagnosticado, maiores as chances de cura, evitando que o tumor se espalhe para outros órgãos. O médico especializado para o tratamento do câncer é o oncologista. Em caso de sintomas, procure atendimento médico.
Especialistas apontam estilo de vida pode ser um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer de cólon. Veja elementos que podem diminuir o risco da doença aparecer:
- praticar atividade física com frequência;
- ter uma alimentação rica em fibras (frutas, vegetais e grãos) e pobre em gorduras animais;
- não fumar;
- evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- realizar exames anuais, após os 50 anos, para detecção precoce e tratamento de pólipos.