Alopecia: entenda sintomas, prevenção e tratamento

Médica dermatologista afirma que existem diferentes abordagens para cada paciente.

Escrito por Redação ,
Estudos em saúde apontam pelo menos setes tipos recorrentes de alopecia
Legenda: Estudos em saúde apontam pelo menos setes tipos recorrentes de alopecia
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Um problema de saúde que acomete homens e mulheres, a alopecia pode ser causada por influências genéticas, processos inflamatórios ou doenças sistêmicas. O assunto repercutiu nas redes sociais após piada de Chris Rock sobre o cabelo de Jada Smith em cerimônia do Oscar, no domingo (27).

Com base em informações da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde e da médica dermatologista Hercilia Queiroz — Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) do Ceará — respondemos perguntas frequentes de internautas sobre o assunto: 

Quais são os tipos de alopecia?

Homens e mulheres possuem tratamentos diferentes por questões hormonais
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Estudos em saúde apontam pelo menos setes tipos recorrentes de alopecia como areata, traumática, total, entre outras. As duas mais comuns são:

Androgenética é uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada. Homens e mulheres podem ser acometidos pelo problema, que apesar de se iniciar na adolescência, só é aparente após algum tempo, por volta dos 40 ou 50 anos.

Apesar do termo “andro” se referir ao hormônio masculino, na maioria das vezes os níveis hormonais se mostram normais nos exames de sangue. A doença se desenvolve desde a adolescência, quando o estímulo hormonal aparece e faz com que, em cada ciclo do cabelo, os fios venham progressivamente mais finos.

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Alopecia areata é conhecida popularmente como “pelada”, é uma condição caracterizada por perda de cabelo ou de pelos em áreas arredondadas ou ovais do couro cabeludo ou em outras partes do corpo (cílios, sobrancelhas e barba, por exemplo).

Acomete de 1% a 2% da população, afeta ambos os sexos, todas as etnias e pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos seus portadores tenham menos de 20 anos.

Quais são os sintomas mais comuns?

A queixa mais recorrente na alopecia androgenética é a de afinamento dos fios. Os cabelos ficam ralos e, progressivamente, o couro cabeludo mais aberto. Nas mulheres, a região central é mais acometida, pode haver associação com irregularidade menstrual, acne, obesidade e aumento de pelos no corpo. Porém, em geral, são sintomas discretos. Nos homens, as áreas mais abertas são a coroa e a região frontal (entradas).

alopecia areata não possui nenhum outro sintoma além da perda brusca de cabelos, com áreas arredondadas, únicas ou múltiplas, sem demais alterações. A pele é lisa e brilhante e os pelos ao redor da placa saem facilmente se forem puxados.

Os cabelos, quando renascem, podem ser brancos, adquirindo posteriormente sua coloração normal. A forma mais comum é uma placa única, arredondada, que ocorre geralmente no couro cabeludo e barba, conhecida popularmente como pelada.

Como é realizado o diagnóstico?

O diagnóstico pode ser feito pela simples aparência das áreas sem cabelo. Em certos casos, há necessidade de fazer biópsia da pele afetada para afastar outras possíveis causas de alopecia.

Tratamento

Com exceção à queda de cabelos de causa hereditária, nos outros casos, ela pode ser evitada ou retardada, se forem afastados os fatores de risco e introduzidos alguns medicamentos. Porém, há casos em que só o implante de cabelos pode representar uma solução estética para a calvície.

Diversos tratamentos estão disponíveis para a alopecia areata. Conforme o Ministério da Saúde, medicamentos tópicos como minoxidil, corticoides e antralina podem ser associados a tratamentos mais agressivos como sensibilizantes (difenciprona) ou metotrexate.

Corticóides injetáveis podem ser usados em áreas bem delimitadas do couro cabeludo ou do corpo. A opção deve ser realizada pelo dermatologista em conjunto com o paciente.

Os tratamentos visam controlar a doença, reduzir as falhas e evitar que novas surjam. Eles estimulam o folículo a produzir cabelo novamente, e precisam continuar até que a doença desapareça. Atenção: Evitar a “automedicação”. Somente um médico dermatologista pode prescrever a opção mais adequada.

Existe diferença entre o tratamento do homem para mulher?

A médica dermatologista Hercilia Queiroz afirma que existem diferentes abordagens para cada paciente.

"Geralmente, para homem é vinculado medicamento orais, associados a medicamentos tópicos. Quando o tratamento é em mulher é preciso investigar também a influência hormonal. A medicação, para alguns casos, pode ser antiandrógenos orais. Tudo difere para cada paciente", aponta a especialista.

Hercilia Queiroz também alerta quanto aos cuidados psicológicos com o paciente. "Não mais importante, oferecer amparo psicológico, apesar de não causar risco a vida do paciente, por haver grande impacto na qualidade de vida".

Respeitar e silenciar, diante da dor e sofrimento do paciente, se não temos informação sobre o quadro dermatológico. 
Fica a reflexão e o aprendizado, em tempos de hoje, onde a desinformação pode “explodir” nas redes sociais e causar ainda mais dor àqueles que sofrem com doenças dermatológicas, como alopecia aresta, vitiligo, psoríase, acne, dentre outras.

Recomendações

O Ministério da Saúde informa para quem apresentar sintomas não usar produtos "milagrosos" nem medicamentos por conta própria - pode haver efeitos adversos sérios. O correto é procurar um dermatologista ao notar que:

  • os cabelos estão caindo mais depressa e em maior quantidade nos últimos meses, ou caem em tufos;
  • o couro cabeludo está vermelho, coça muito ou arde;
  • a oleosidade está muito acima do normal;
  • os sinais de caspa aparecem nas roupas e nos fios.

 

 

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