Suspeito de mandar matar policial civil no Interior entra na Lista de Mais Procurados do Ceará
Principal suspeita da Polícia Civil é que o crime tenha sido ordenado em razão da profissão da vítima
Adeilson do Amaral de Sousa, conhecido como Kiko, é o novo nome da Lista de Mais Procurados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS). Ele é suspeito de mandar matar o inspetor da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) Glicelio Felix de Almeida, de 41 anos, no Município de Granja, no Interior do Estado, no último dia 17 de dezembro.
"Mandante da morte de um policial civil na Cidade de Granja (CE), ocorrida no dia 17 de dezembro de 2023. Traficante com atuação nos estados do Maranhão e Piauí. Considerado perigoso", descreveu a SSPDS, em seu site.
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O suspeito tem 35 anos e é natural de Santarém, no Pará. Kiko ou Dedé também responde a um crime de receptação no Ceará, datado de 2014. Na ocasião, ele foi acusado de integrar uma quadrilha de receptadores de motocicletas roubadas e furtadas, na Região Norte do Estado.
15nomes figuram na Lista de Mais Procurados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará. Entre eles, chefes de facções criminosas, traficantes e homicidas. São 14 homens e uma única mulher.
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Motivação do assassinato do policial
A principal suspeita da Polícia Civil do Ceará é que o inspetor Glicelio Felix de Almeida tenha sido assassinado no Município de Granja a mando de uma facção criminosa, em razão da sua profissão. Dois adolescentes suspeitos de participar do crime foram apreendidos e cinco supostos integrantes da mesma quadrilha foram presos.
A linha de investigação foi confirmada pelo delegado geral da Polícia Civil, Márcio Gutiérrez: "Nós temos algumas informações ainda um pouco divergentes. No primeiro momento, se pensou que poderia ser pelo fato de ele ser policial. Essa é uma forte corrente de investigação".
Mas o delegado-geral não descartou a possibilidade de que os criminosos pretendiam cometer um latrocínio (roubo seguido de morte). "Nós temos também outra possibilidade, que seria para subtrair a sua arma de fogo. Nós não deixamos de investigar nenhuma das duas correntes. E vamos dar uma resposta à altura para esse fato lamentável", concluiu.
Depoimentos colhidos pela Polícia Civil reforçam a primeira tese. Segundo os depoentes, o crime foi ordenado por um chefe de uma facção carioca no Município de Granja. Um adolescente, apreendido pela Polícia Civil, ficou encarregado de monitorar o policial que acabara de chegar à cidade, para informar a sua localização no momento oportuno para um comparsa cometer o crime.