Suspeito da morte de Gaia é posto em liberdade
Francisco Douglas estava preso desde o começo de março deste ano por mandado de prisão temporária
O homem que estava preso temporariamente como suspeito de participação da morte da turista italiana Gaia Molinari foi posto em liberdade nesta quarta-feira (13). Francisco Douglas de Sousa estava detido desde o início do mês de março deste ano na carceragem da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
De acordo com o delegado Rommel Kerth, diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), e que está no comando das investigações sobre a morte da estrangeira, explicou porque a Polícia Civil foi favorável a liberação de Douglas. “Ele esteve quatro vezes no Exterior desde a morte da Gaia (em dezembro de 2014). Em virtude da dificuldade em localizá-lo anteriormente para diligências porque ele foi visto em Jericoacoara na companhia de uma estrangeira, pedimos a prisão temporária dele. No entanto, depois que ele foi ouvido e tínhamos cumprido as buscas solicitamos à Justiça que não estendesse o prazo da prorrogação da prisão até 30 dias. Com isso, ele foi solto”, disse Kerth.
O diretor do DPE, no entanto, afirmou que Francisco Douglas continua “na qualidade de suspeito” e o passaporte dele foi recolhido por 30 dias para evitar uma possível tentativa de fuga. Sobre a compatibilidade no resultado do exame da amostra de DNA colhido no corpo da italiana com material genético de Douglas, o delegado preferiu não comentar.
A irmã do suspeito, Meyre Sousa, afirmou que ele foi solto nesta quarta-feira e já está a caminho de Sobral. Segundo ela, Douglas volta à cidade acompanhado das duas advogadas e de alguns familiares.
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Gaia foi encontrada morta na tarde de 25 de dezembro de 2014. Ela estava de bruços, em meio a areia e mato, com marcas roxeadas pelo corpo e um golpe incisivo na cabeça. Laudo: morte por asfixia.
Edson Veríssimo foi o primeiro suspeito apontado pelo crime. Ele tem problemas mentais e é comumente visto com um estilingue parecido ao encontrado próximo ao local do crime. "Não fui eu, até o estilingue é de uma cor diferente".
Nos dias seguintes os olhos se voltam para a amiga turista que conheceu Gaia no Ceará, Míriam França. A delegada Patrícia Bezerra temia que a turista fosse embora com o caso em andamento e solicitou prisão temporária. Por 15 dias, a farmacêutica carioca ocupa cela na Delegacia de Capturas.