Servidor suspeito de desviar recursos públicos da Prefeitura de Ubajara é alvo de nova fase de operação do MP

Investigação indica que a organização criminosa seria composta, ainda, por outras quatro pessoas, entre empresários e “laranjas”

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(Atualizado às 21:32)
Operação mirou servidor suspeito de desviar recursos públicos da Prefeitura de Ubajara
Legenda: Operação mirou servidor suspeito de desviar recursos públicos da Prefeitura de Ubajara
Foto: Divulgação/MPCE

A 2ª fase da Operação “Castelo de Cartas” cumpriu, na manhã desta segunda-feira (30), dois mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura de Ubajara e na residência do servidor municipal suspeito de participar de um suposto esquema de desvio de recursos públicos do Município. 

Por meio da ação, deflagrada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) e pela Polícia Civil, foram apreendidos contratos de licitações, ordens de pagamento e o aparelho celular do investigado, que irão nortear as investigações, segundo o MP. 

O servidor poderá responder por crimes contra a Administração Pública. Conforme a apuração, o suspeito se aproveitava da condição de servidor público municipal para comandar o esquema. 

A investigação indica que a organização criminosa seria composta, ainda, por outras quatro pessoas, entre empresários e “laranjas”, além de uma empresa de autopeças e um posto de combustíveis. 

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Os cinco suspeitos haviam sido alvos da 1ª fase da operação, deflagrada na última quinta-feira (26). Diante do material apreendido na oportunidade, o MP solicitou ao Poder Judiciário o cumprimento de novos mandados de busca e apreensão, o que foi autorizado pela Justiça no domingo (29). 

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA

De acordo com as investigações, o servidor público é suspeito de desviar peças compradas pela gestão municipal para fazer a manutenção de veículos da frota do transporte escolar. Porém, esses itens não eram efetivamente instalados nos veículos. 

Outra suspeita era de que o servidor também estaria se apropriando de combustível, através de vales a serem pagos posteriormente pela Prefeitura. De acordo com o MP, ele inseria a placa de carros pertencentes ao poder público municipal como se os veículos estivessem sendo abastecidos. Em paralelo, ele se apropriava do combustível pago com dinheiro público. 

O Ministério Público e a Polícia Civil investigam também possível enriquecimento ilícito por parte do suspeito, que teria um patrimônio incompatível com a remuneração recebida no serviço público. A aquisição de veículos e imóveis cuja propriedade estaria em nome de terceiros é indicada como uma das evidências nesse sentido.

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