Mulher é presa em flagrante por venda de canetas emagrecedoras em Cascavel, na Grande Fortaleza

Suspeita de 35 anos comprava as canetas no exterior para revender no Brasil

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Redação producaodiario@svm.com.br
Itens que foram apreendidos após ação estão dezenas de canecas, assim como aproximadamente R$ 19 mil em espécie
Legenda: Polícia Civil do Ceará apreendeu aproximadamente R$ 19 mil em espécie
Foto: Divulgação/SSPDS

Uma mulher que comprava e revendia ilegalmente doses de canetas emagrecedoras em Cascavel, na Grande Fortaleza, foi presa nessa terça-feira (15). A suspeita, de 35 anos, foi detida em flagrante pela Polícia Civil do Ceará (PCCE). 

No momento da captura, foram apreendidas dezenas de canetas e aproximadamente R$ 19 mil em espécie. Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), os policiais da Delegacia de Cascavel foram até o endereço após receberem denúncias anônimas. 

Em meio às investigações, constataram que ela comprava canetas de emagrecimento de forma ilegal. Os produtos vinham do exterior e eram revendidos sem autorização legal.

 

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A suspeita foi autuada pelos crimes de:

  • Receptação qualificada;
  • Exercício ilegal da medicina;
  • Venda de produtos farmacêuticos sem a devida autorização.

Ela foi encaminhada à Delegacia de Cascavel e está à disposição da Justiça.

Venda de canetas emagrecedoras é controlada

Desde abril, a venda de medicamentos agonistas GLP-1, mais conhecidos como canetas emagrecedoras, só podem ser vendidos com a retenção da receita, conforme determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A exigência inclui as substâncias semaglutida, liraglutida, dulaglutida, exenatida, tirzepatida e lixisenatida e afeta medicamentos como Ozempic, Mounjaro e Wegovy.

O sistema de prescrição médica das substâncias, indicadas para o tratamento de diabete tipo 2 e obesidade, deve ser feito em duas vias, e a comercialização só pode ocorrer com a retenção de uma delas na farmácia ou drogaria, assim como acontece com os antibióticos. 

A decisão afetou os seguintes medicamentos:

  • Soliqua (insulina glargina + lixisenatida) — solução injetável indicada para diabete tipo 2;
  • Victoza (liraglutida) — solução injetável indicada para diabete tipo 2;
  • Trulicity (dulaglutida) — solução injetável indicada para diabete tipo 2; 
  • Saxenda (liraglutida) — solução injetável indicada para obesidade/sobrepeso;
  • Xultophy (insulina degludeca + liraglutida) — solução injetável indicada para diabete tipo 2;
  • Ozempic (semaglutida) — solução injetável indicada para diabete tipo 2; 
  • Rybelsus (semaglutida) — comprimidos indicados para diabete tipo 2;
  • Wegovy (semaglutida) — solução injetável indicada para obesidade/sobrepeso; 
  • Mounjaro (tirzepatida) — solução injetável indicada para diabete tipo 2;
  • Povitztra (semaglutida) — solução injetável indicada para obesidade/sobrepeso; 
  • Extensior (semaglutida) — solução injetável indicada para diabete tipo 2;
  • Lirux (liraglutida) — solução injetável indicada para diabete tipo 2;
  • Olire (liraglutida) — solução injetável indicada para obesidade/sobrepeso.

A decisão da Anvisa busca reforçar o controle sobre a prescrição e a dispensação desses medicamentos, cujo uso fora das indicações aprovadas tem gerado um número elevado de eventos adversos. 

A análise, ainda conforme o órgão, se baseou em dados de notificação do VigiMed, sistema disponibilizado pela Anvisa para notificações de casos suspeitos de eventos adversos relacionados a medicamentos e vacinas.

Em uma análise comparativa, o sistema de farmacovigilância, de acordo com a agência, sinalizou muito mais eventos adversos relacionados ao uso fora das indicações aprovadas pela Anvisa no Brasil do que os dados globais.

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