Empresário acusado de atropelar e matar jovem quase teria atingido família antes, diz testemunha
Polícia encontrou cocaína, bebidas alcoólicas e remédios psicotrópicos com ele, que foi preso e solto após pagar R$ 15 mil

O motorista acusado de atropelar e matar Kauã Guedes, de 18 anos, na última quinta-feira (19), dirigia em alta velocidade e, segundo uma testemunha, quase atropelou três pessoas da mesma família momentos antes do acidente que vitimou o jovem.
Identificado como Rafael Elisario, de 42 anos, ele foi preso em flagrante no dia do ocorrido, mas acabou sendo solto numa audiência de custódia, após pagar uma fiança de R$ 15 mil.
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Rafael é empresário e, ao ser detido, a polícia encontrou com ele bebidas alcoólicas, papelotes de cocaína e comprimidos psicotrópicos. O acusado se recusou a fazer o teste do bafômetro.
O atropelamento aconteceu quando Kauã transitava numa moto com outra pessoa pela rua Oswaldo Cruz, no Meireles. Rafael, conduzindo uma picape, avançou a preferencial e colidiu contra a motocicleta, no cruzamento com a rua República do Líbano, atingindo o jovem e um passageiro que estava na garupa.
Kauã ficou preso debaixo do veículo, enquanto o garupeiro foi arremessado da moto e foi hospitalizado. O carro também atingiu e partiu uma árvore na calçada. Pessoas que presenciaram o fato disseram à Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) que o empresário dirigia em alta velocidade.
Testemunhas relataram que o homem estava sob efeito de álcool. Em um vídeo, gravado depois do episódio que vitimou Kauã, ele foi confrontado e reconheceu ter bebido, mas negou que estivesse em alta velocidade. "Eu sei, mas estava devagar", diz ele na gravação, concordando com uma mulher que alegou que estava com "bafo de álcool".
No mesmo registro, outra pessoa rebate o acusado e indica que outro acidente poderia ter acontecido antes da colisão que matou Kauã. "Você veio como um louco, quase bateu em mim, só não bati em ti porque eu desviei. Estávamos eu, minha mulher e minha filha no carro", contestou.
Neste sábado (21), um perfil nas redes sociais foi criado para cobrar pela responsabilização da morte de Kauã. A página, nomeada como "Justiça por Kauã Guedes", reúne relatos de amigos e familiares e já acumula mais de 7 mil seguidores.
Pela manhã, um protesto foi realizado na frente do Edifício Green Star, no bairro Meireles, prédio onde, segundo os manifestantes, o homem acusado de ter atropelado o jovem mora.