Confira como está o nível de alerta para transmissão da Covid-19 nas 184 cidades do Ceará
Dos indicadores avaliados pela Sesa, o que mais preocupa é a taxa de letalidade, que está em 3,1% e com tendência crescente
A tendência de queda na taxa de contágio do novo coronavírus apontado por especialistas ainda não se reflete nos indicadores das cidades cearenses. De acordo com a plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde (Sesa) do Estado, todos os municípios permanecem com alerta alto ou altíssimo para transmissão da Covid-19.
Em comparação com a semana anterior, 176 cidades estavam no alerta "altíssimo". Agora, são 177. A métrica do sistema vai de baixo (nível 1) a altíssimo (nível 4).
Na análise anterior — período correspondido às semanas epidemiológicas 13 e 14 — oito cidades estavam em nível de alerta alto: Paramoti, Iracema, Piquet Carneiro, Catarina, Orós, Icó, Granjeiro e Lavras da Mangabeira.
Agora — nas semanas 14 e 15, período correspondido entre os dias 4 a 17 de abril — o número caiu para sete: Itatira, Tarrafas, Campos Sales, Araripe, Icó, Jaguaribara e Catarina, única que cidade que não teve alteração no quadro.
Medidas restritivas
Esse panorama ainda preocupante forçou algumas cidades a adotarem medidas mais restritivas do que as vigentes no decreto estadual. Antonina do Norte, Capistrano, Santana do Cariri e Baturité mantiveram o lockdown diante do aumento exponencial dos casos.
Nestas três primeiras cidades, além do fechamento de supermercados e a proibição da circulação de moradores nas ruas, os decretos municipais vetaram a venda de bebidas alcoólicas.
Ontem (19), Quixadá, no Sertão Central, também proibiu a comercialização de bebidas. A restrição se estende até a próxima segunda-feira (26). Esta já é a segunda vez, neste ano, que o município aplica a medida. A primeira foi no dia 1º de março. Naquela ocasião, houve também toque de recolher. As restrições duraram por uma semana.
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Projeção positiva
Para traçar as métricas de risco de contágio nas cidades, a Sesa leva em consideração cinco indicadores (Incidência de casos por 100 mil habitantes, internações, percentual de leitos ocupados, taxa de letalidade e taxa de positividade nos testes). Destes, apenas uma apresenta tendência crescente: a taxa de letalidade, que atualmente está em 3,1%. Os demais apontam tendência de queda.
- Incidência por 100 mil habitantes: 360;
- Internações: 516,9;
- Percentual de leitos de UTIs ocupados: 92,9%;
- Taxa de letalidade: 3,1%;
- Taxa de positividade em testes RT-PCR: 48,2%
Se esses indicadores continuarem em queda, a projeção é de que ocorra, nas próximas semanas, melhora no risco de transmissão da Covid-19, no Ceará. A última vez que o Estado teve pelo menos uma cidade dentro da classificação de risco moderado foi no início de abril. À época, Pereiro e Ererê estavam no risco nível 2.
Entenda a classificação:
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Novo Normal: Taxa de ocupação dos leitos menor que 70%; taxa de letalidade inferior que 1%; e percentual de positividade de testes menor que 25%;
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Moderado: Taxa de ocupação dos leitos entre 70% e 80%; taxa de letalidade entre 1% e 2%; percentual de positividade de testes para diagnóstico da Covid-19 entre 25% e 49,9%;
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Alto: Taxa de ocupação dos leitos entre 80,1% e 95%; taxa de letalidade entre 2% e 3%; percentual de positividade entre 50% e 75%;
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Altíssimo: Taxa de ocupação dos leitos superior a 95%; taxa de letalidade maior que 3%; e percentual de positividade de testes para diagnóstico da Covid-19 acima de 75%
Casos no Ceará
Conforme a última atualização do IntegraSus, feita às 17h13 de ontem (19), o Estado já tinha 623.781 casos confirmados da doença, dentre os quais 43%, ou 273.473, foram registados somente em 2021.
Ao todo, já são 16.307 óbitos, sendo 36,8% neste ano. Ainda segundo a Sesa, já são 426.928 recuperados e há atualmente 91.990 casos em investigação.