Tenente-coronel suspeito de participação em plano golpista presta depoimento à PF
Rodrigo de Azevedo pode ser o 38º denunciado no inquérito
O tenente-coronel Rodrigo de Azevedo, suspeito de integrar o plano golpista para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, prestou depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (28), mas negou participação na articulação.
Azevedo foi preso ainda na semana passada, quando uma operação da Polícia Federal expôs um esquema com o intuito de implementar um golpe de estado no Brasil. Segundo a investigação, o grupo teria realizado uma vigilância para monitorar os alvos e realizado um plano de assassinato.
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O depoimento de Azevedo é considerado importante, já que deve decidir se ele será o 38º denunciado no inquérito. O advogado responsável pela defesa apontou que o tenente-coronel "respondeu às perguntas dizendo a versão dele dos fatos".
Conforme o inquérito da PF, registros apontam que Azevedo teria enviado mensagens afirmando que não havia sentido continuar discussões sobre o golpe, já que o plano inicial não chegou a avançar.
Sigilo quebrado
Na última terça-feira (26), Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo do relatório no qual a PF indiciou, na semana passada, o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 acusados por golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Na mesma decisão, o ministro enviou o relatório à Procuradoria-Geral da República (PGR). Com o envio do documento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, vai decidir se o ex-presidente e os demais acusados serão denunciados ao Supremo pelos crimes imputados pelos investigadores da PF.