Sarto diz que Elmano faz 'política barata e miúda' e negligencia segurança em Fortaleza

O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), fez críticas ao que chamou de inércia do Governo do Ceará em relação à segurança pública, que estariam afetando a execução de obras da prefeitura na periferia. Sarto disse que já acionou formalmente a gestão estadual sobre isso. Em evento do PDT na noite da quinta-feira (4), ele disse ainda que o governador Elmano de Freitas (PT) deve deixar de "fazer política barata e miúda". Os dois são rompidos politicamente, relação que impacta a administração, avalia Sarto.  

"A gente está construindo posto de saúde, escola de tempo integral, e famílias que moram numa rua não podem ir (para a outra) porque a facção não deixa. O governo tem que providenciar, tem que tomar para si e dizer por que não está fazendo. Chega de conversa. Um ano e três meses é o bastante. Fortaleza não pode mais esperar. É urgente que se tome uma providência, se deixe de conversar e fazer política barata e miúda", disse Sarto.

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O Diário do Nordeste buscou o governador Elmano, por meio da sua assessoria de imprensa, para comentar sobre o assunto. Quando houver resposta, a matéria será atualizada. 

Dificuldades na gestão

Sarto também comentou sobre problemas de segurança pública que estaria enfrentado na execução de obras da gestão na periferia de Fortaleza. O prefeito disse que acionou formalmente o Governo sobre essa questão, mas que segue com dificuldades de estabelecer diálogo sobre projetos e convênios para a Capital com a administração estadual.

Segundo Sarto, o grupo de trabalho criado em agosto de 2023 para reavaliar os projetos prioritários entre as duas instâncias, especialmente nas áreas de saúde e segurança, nunca se reuniu. Nessa esteira, a cidade segue com problemas urbanos que não são solucionados pelo Estado, diz o prefeito.

"Fortaleza não aguenta nem merece isso. A função constitucional de dar proteção é do Governo do Estado. Anteriormente, se reclamava que não havia um Governo Federal alinhado. Hoje, são do mesmo partido, então quais são as causas? (...)", disse Sarto.