Legislativo Judiciário Executivo

"Não estava nos meus planos", diz Izolda sobre chance de assumir Governo em possível saída de Camilo

Vice-governadora destacou liderança do atual chefe do Executivo, e ponderou que ainda é cedo para falar de eleições

Escrito por Felipe Azevedo , felipe.azevedo@svm.com.br
Vice-governadora Izolda e o governador Camilo Santana
Legenda: Izolda e Camilo formam chapa no Executivo cearense desde 2014
Foto: Helene Santos

A vice-governadora Izolda Cela (PDT) afirmou nesta segunda-feira (11) que não estava em seus planos a possibilidade de assumir o comando do Executivo Estadual no próximo ano. Isso acontecerá caso Camilo Santana (PT) se afaste do cargo para se candidatar ao Senado Federal, por exemplo.

Em entrevista à Rádio FM Assembleia, Izolda disse reconhecer ser este o "caminho natural" para o governador, dada sua liderança, mas alertou que a antecipação do debate eleitoral é ruim para a gestão pública. 

A vice-governadora é filiada ao PDT e tem o nome na lista dos pré-candidatos ao cargo pelo partido, juntamente com o ex-prefeito Roberto Cláudio, o deputado federal Mauro Filho e o presidente da Assembleia Evandro Leitão.

A própria expectativa de assumir o poder estadual pela possível renúncia de Camilo dá mais força ao nome de Izolda, que ainda tem desconversado sobre o assunto. Ela poderia ser candidata no exercício do cargo, mas não poderia concorrer à reeleição em 2026.

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De acordo com a legislação eleitoral, um chefe de Executivo precisa se afastar do cargo seis meses antes das eleições, caso queria concorrer. É o caso de Camilo que, concretizando sua candidatura à única vaga no Senado ano que vem, teria que passar o comando do governo para Izolda. 

"Cabe a mim cumprir a responsabilidade que tenho, e como eu falei, não seria o meu plano. Mas tem a minha experiência, e algumas experiências que foram muito desafiadoras pra mim", destaca ainda Izolda Cela, que já comandou a Secretaria de Educação do Ceará.

Apesar de considerar o cenário em que teria de assumir o cargo de governadora em eventual afastamento de Camilo, Izolda afirma também que tratar de eleições agora poderia ser contraproducente. 

"Eu acho que antecipar eesas pautas eleitorais não ajuda [...] nós já temos eleições de dois em dois anos, que gera uma movimentação e um impacto no sistema, e que gera, inclusive, regulações das ações de governos estaduais e municipais", pondera.

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Liderança

Reeleito em 2018, Camilo, segundo visão da vice-governadora, exerce uma liderança política no Estado, o que abre caminhos para que, caso deseje, tome outros rumos. 

"Eu vejo que essas pessoas como ele, uma liderança como ele, tudo que ele vem mostrando, o trabalho obstinado pelo Ceará e pelo cumprimento das responsabilidades dele, claro que isso projeta e faz com que ele seja uma pessoa vista para alçar outros voos".

Izolda Cela foi a primeira mulher na história cearense a assumir o cargo de governadora. O ato ocorreu em 2015, ainda no primeiro mandato, quando Camilo Santana viajou ao exterior junto com a família, por sete dias. 

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