Ciro Gomes diz que aliança com o PT no Ceará é "desejada", mas que PDT estará com Camilo Santana
Para o ex-ministro, o governador é que vai conduzir a liderança do grupo governista no processo de sucessão estadual em 2022
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), pré-candidato a presidente da República, disse, nesta sexta-feira (17), que uma aliança com o PT é "desejada" pelo PDT no Ceará, mas que o seu partido apoiará Camilo Santana em qualquer situação, independentemente da aliança formal.
O pedetista afirmou ainda que o governador é quem vai liderar o processo de sucessão estadual para 2022 no grupo governista. "Por méritos e pelo governo extraordinário que vem fazendo, o Camilo é o nosso líder e é quem vai conduzir este processo".
Ciro e outras lideranças pedetistas estão reunidas, na manhã desta sexta-feira em um hotel na orla da Capital para a reunião do secretariado da Prefeitura de Fortaleza, conduzida pelo prefeito José Sarto, correligionário de Ciro.
Disputa ao Senado
Nas últimas eleições, o PDT se reaproximou do PSDB do senador Tasso Jereissati. A possibilidade de manutenção da aliança existe para o ano que vem, mas há questões a serem tratadas como a disputa pelo Senado. Nos bastidores é dada como certa a candidatura de Camilo Santana a senador, mas o senador Tasso Jereissati está dentro deste ponto do debate.
Nesta semana, inclusive, Tasso falou pela primeira vez sobre a possibilidade de não ser candidato ao senado no ano que vem.
Sobre as conjecturas, Ciro Gomes, aliados de ambos, foi enfático:
"O lugar que ele (Camilo) desejar terá o nosso apoio incondicional e certo".
Quanto ao cargo de governador, o pedetista disse defender que, por uma questão de alternância, a cabeça de chapa seja ocupada pelo PDT, mas reforçou que isso será tratado com os aliados, sob a liderança do governador.
Aliança com o PT
Sobre a aliança com o PT, tratado por ele como adversário em âmbito nacional, Ciro confirmou ser desejo do seu partido manter a parceria. "Temos hoje 23 estados quebrados. Nós somos o 3º estado que mais investe no Brasil. O efeito disso é importantíssimo. São coisas cara que temos que proteger (e manter a aliança)", enfatizou.