Moraes derruba sigilo de delação de Mauro Cid em inquérito envolvendo ex-presidente Bolsonaro

O acordo de delação premiada foi feito no ano passado entre a Polícia Federal e Mauro Cid

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 11:53)
Mauro Cid é um homem branco e calvo de cabelo curto penteado para o lado. Na foto ele está de farda do Exército
Legenda: Mauro Cid era ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência da República
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o sigilo do acordo de delação premiada firmado no ano passado entre a Polícia Federal e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Informações são do G1.

Na decisão, Moraes deu prazo de 15 dias para que os 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nessa terça-feira (18) apresentem, por escrito, suas defesas.

"No presente momento processual, uma vez oferecida a denúncia pelo procurador-geral da República, para garantia do contraditório e da ampla defesa [...] não há mais necessidade da manutenção desse sigilo, devendo ser garantido aos denunciados e aos seus advogados total e amplo acesso a todos os termos da colaboração premiada", escreveu o ministro do STF.

A derrubada do sigilo deve trazer à tona os depoimentos de Cid ainda nesta quarta-feira (19).

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Delação premiada

O acordo de delação premiada previa que Mauro Cid falasse sobre as suspeitas de crimes cometidos por ele e por outras pessoas ao longo do governo do ex-presidente Bolsonaro. Foram tratadas, por exemplo, as investigações da tentativa de golpe de Estado, das joias trazidas da Arábia Saudita e da fraude nos cartões de vacinação.

Caso as informações fornecidas pelo delator sejam confirmadas, ele pode receber benefícios, como a redução da pena e o cumprimento de condenações em regime aberto.