Junior Mano fala sobre aceno de Cid ao Senado e caso Bebeto Queiroz: 'Cabe à Justiça julgar'
Parlamentar trocou o PL pelo PSB em dezembro do ano passado e pode ser candidato ao Senado Federal em 2026

Recém-filiado ao PSB, o deputado federal Júnior Mano (PSB) comemorou, nesta sexta-feira (7), o aceno do senador Cid Gomes (PSB) ao seu nome para disputar uma das duas vagas ao Senado Federal em 2026. Na ocasião, ele destacou que ficou "lisonjeado" pela menção e questionou: "Quem não tem interesse?".
"Quem é que não tem interesse? Se você está na política, num quadro profissional, lógico que você quer chegar em um quadro melhor. Na política é isso. Se você está como deputado federal, você almeja sempre ter um cargo no Senado Federal, que é onde eu posso ajudar mais ainda o Estado do Ceará e a política brasileira. E fico lisonjeado de ter sido falado pelo senador Cid Gomes, que é uma grande referência do nosso Estado"
A declaração foi dada durante entrevista no evento de filiações de deputados estaduais ao PSB, realizado na manhã desta sexta, no auditório da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). A agremiação, sob liderança de Cid, é a nova casa de 11 deputados dissidentes do PDT (três deles suplentes) e da deputada Marta Gonçalves, que deixou o PL.
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Durante discurso no evento, Cid disse que, caso o PSB tenha direito a uma vaga na chapa majoritária para o Senado, sua defesa é pela indicação do deputado federal Júnior Mano à candidatura. O senador tem evitado declarar que irá concorrer à reeleição na Casa Alta.
Caso das emendas
Na ocasião, Júnior Mano também falou sobre a investigação em que é suspeito de participar de esquema de manipulação eleitoral que teria atuado em 51 municípios do Ceará no ano passado. O papel dele, segundo investigação da Polícia Federal, teria sido "central" na destinação de emendas parlamentares para uso ilegal dos recursos. Um dos aliados dele, o prefeito eleito de Choró, Bebeto Queiroz (PL), teve um mandado de prisão expedido no caso e é considerado foragido.
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Questionado sobre como tem acompanhado a situação, o parlamentar disse que "cabe à Justiça julgar", acrescentando que é alvo de denúncias "infundadas".
"Eu não sou ninguém para julgar, mas acredito na minha inocência, acredito que logo, logo, essa denúncia infundada (feita) pela prefeita de Canindé virá com a resposta definitiva sobre esse caso", afirmou. Ele se refere à ex-prefeita Rozário Ximenes (Republicanos), autora da denúncia.
Saída do PL
Ainda durante o evento de filiação ao PSB, o deputado também negou ter sido expulso do PL, partido que o abrigava desde 2019. Ele e a deputada estadual Marta Gonçalves — que também era filiada à legenda desde antes o embarque do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados em 2021 — teriam articulado a migração de sigla diante de "divergências políticas".
"Todo mundo sabe que apoiei a candidatura do prefeito Evandro Leitão (PT), e, por esse apoio, por essa divergência, tive alguns obstáculos pela frente. Mas não me resguardei, refutei, de nenhuma missão que me foi dada. (...) Passei seis anos no Partido Liberal e constituí vários amigos, mas, com as divergências políticas, realmente não tive condições de ficar naquele partido, mas saí pela porta da frente como entrei, com a carta de anuência, juntamente com a carta de anuência da deputada Marta Gonçalves", explicou.