Em meio a investigações da PF, Júnior Mano reassume mandato na Câmara após quatro meses de licença
O parlamentar ficou quatro meses de licença. Nesse período, ele se dedicou à campanha eleitoral de aliados no Ceará

O deputado federal Júnior Mano (PSB) retornou ao mandato na Câmara dos Deputados na segunda-feira (20). Ele estava licenciado há quatro meses. Ao longo desse período, ocupou a cadeira do parlamentar o deputado suplente Tadeu Oliveira (PL).
Licenciado, Júnior Mano se dedicou à campanha eleitoral de aliados no Ceará, auxiliando, inclusive, na reeleição da esposa, Giordanna Mano (PRD), que obteve mais de 80% dos votos em Nova Russas.
“Agora, com o foco renovado, seguimos firmes, pois 2025 será um ano de muitos desafios e dedicação, sempre com o compromisso de melhorar a vida dos cearenses”, escreveu Júnior Mano.
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Investigação
Conforme o Diário do Nordeste mostrou na semana passada, o deputado federal é alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF) que apura suspeitas de desvio de emendas parlamentares e compra de votos nas eleições de 2024.
As investigações apontam o político como tendo “papel central” no esquema. Por conta da suspeita de envolvimento do deputado, que tem foro privilegiado, o caso foi alçado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e distribuído para o gabinete do ministro Gilmar Mendes.
A PF indica ainda que um dos principais aliados de Mano no Ceará, o prefeito de Choró, Bebeto Queiroz (PSB), seria o cabeça da organização. O mandatário está foragido desde o fim do ano passado e nem chegou a tomar posse do comando da Prefeitura.
Em nota ao Diário do Nordeste, a assessoria de comunicação do deputado Júnior Mano disse que a investigação conduzida pela PF tramita sob segredo de justiça, por isso não pode se manifestar sobre o caso.
“O deputado federal Júnior Mano reafirma seu compromisso com a legalidade, estando à disposição das autoridades policiais e judiciais para o completo esclarecimento dos fatos. A defesa confia que, ao término da investigação, sua inocência será plenamente reconhecida e informa que todas as manifestações serão realizadas exclusivamente nos autos do processo”, concluiu.