Elmano cita conflitos em montagem de chapas para 2026 e diz que decisão não será feita agora

Para governador, a definição posterior seria uma maneira de evitar rusgas entre forças políticas da base

Escrito por
Bruno Leite bruno.leite@svm.com.br
Elmano de Freitas
Legenda: Declaração aconteceu durante um encontro com jornalistas, na manhã desta quinta-feira (30).
Foto: Tiago Stille/Governo do Ceará

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), comentou, nesta quinta-feira (30), sobre a montagem das chapas majoritárias e proporcionais da base que irão concorrer no processo eleitoral de 2026. Segundo o governante, ele irá participar da definição dos nomes, mas, por conta de possíveis conflitos entre aliados, a decisão não será tomada antes do “momento adequado”.

“O governador, no processo de reeleição, tem que participar do processo de decisão da sua reeleição e da chapa em que ele vai concorrer em 2026. Agora, a vida me ensinou que o governador primeiro busca entregar o que prometeu”, ressaltou o petista, durante café com jornalistas, realizado no Palácio da Abolição. 

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Conforme Elmano, existem nomes para o Senado Federal, entretanto, o grupo evita decidir quem irá lançar antecipadamente. “Se eu fosse decidir Senado agora, a única coisa que vou conseguir é conflito dentro das nossas forças. Não tem sentido tomar decisão agora”, frisou.

“Para que vou fazer discussão de uma decisão que não vai ser tomada agora, sabendo que ela só gera conflito na nossa base aliada? É razoável deixarmos para fazer isso no momento adequado, da decisão”, disse ele, ponderando que não os interessa “discutir eleição de 2026 em 2025”.

Atualmente, compõem a base aliada de Elmano partidos de diferentes cores e bandeiras. Figuram nessa listagem agremiações partidárias como Republicanos, PSB, PSD, PT, PP, MDB, PV, PCdoB e Solidariedade.

Tal conjunção de siglas reúne lideranças a exemplo de Cid Gomes, Eunício Oliveira, Chiquinho Feitosa e Domingos Filho, figuras com quem o governador já disse que terá que conversar de maneira objetiva.

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Por enquanto, argumentou o chefe do Executivo cearense, as conversas nos bastidores giram em torno da análise do cenário e dos fatos que ocorrem.

“As condições da nossa chapa ganhar ou perder uma eleição no Ceará depende da avaliação que a população cearense fará de nós, pelo menos até o final de junho”, completou, pontuando haver uma atenção do eleitorado quanto o que vem sendo realizado pelo agrupamento no âmbito das políticas públicas. 

“Não tem só o governador, o senador e o vice, também temos conflitos em respeito a chapa para federal e estadual. Cada partido quer fazer um número maior de deputados estaduais, um número para deputados federais, isso gera disputa de alas”, ressaltou, mencionando outras circunstâncias que podem acarretar situações conflituosas.

“Temos muitos pontos ainda a serem devidamente colocados e afirmados, para a gente poder tomar a decisão”, finalizou.

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