Diretor adjunto da Abin é demitido em meio a investigações de espionagem
Polícia Federal afirma que a agência prejudicou as investigações
O diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alessandro Moretti, foi demitido em meio as investigações de espionagem ilegal pela agência, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações são do g1.
A demissão aconteceu após a Polícia Federal afirmar que a Abin prejudicou as investigações. Apesar de não haver uma denúncia formal contra Moretti, o governo federal desconfia da relação do agora ex-diretor com Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil durante o governo Bolsonaro.
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Quem assumirá o cargo é o cientista político Marco Cepik, que comanda a Escola de Inteligência da Abin. Ele também já foi diretor-executivo do Centro de Estudos Internacionais sobre Governo (CEGOV) em Porto Alegre (RS).
Outros sete departamentos da agência também terão mudanças nos cargos de diretores.
Investigações de espionagem
Em 21 de março de 2023, a Polícia Federal iniciou as investigações contra a Abin. Através do software First Mile, a Agência monitorava irregularmente a localização de celulares de servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e juízes, segundo investigação da PF.
No dia 20 de outubro, dois servidores Abin foram presos por uso indevido do sistema de rastreamento de celulares durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).