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PL quer unir oposição pra disputar presidência da Câmara de Fortaleza; Léo Couto é favorito na base

Eleição para o comando da Casa Legislativa deve ocorrer no início do próximo ano

Escrito por Bruno Leite , bruno.leite@svm.com.br
Plenário Fausto Arruda
Legenda: Arrumações antecipam realização do pleito.
Foto: André Lima

O Partido Liberal (PL) deve se contrapor ao Governo Evandro na disputa pela sucessão da presidência da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), que deve ocorrer no início do próximo ano. Em nota disparada à imprensa nesta quinta-feira (21), o candidato derrotado do partido no pleito pela Prefeitura de Fortaleza, o deputado federal licenciado André Fernandes, sinalizou o desejo de unir a oposição numa chapa pela chefia do Legislativo.

“Se aliar ao PT não é uma opção. Tendo isso como algo inegociável, o PL Fortaleza se posiciona contra a candidatura proposta pelo PT para Presidência da Câmara de Vereadores. De forma democrática e com o aval dos cinco vereadores eleitos, estamos trabalhando a formação de uma chapa de oposição para disputar a mesa diretora”, pontuou o ex-prefeiturável.

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Apesar de mencionar uma suposta candidatura proposta pelo Partido dos Trabalhadores, não há, até o momento, um nome colocado pela sigla para a eleição que se aproxima. Segundo o presidente municipal do PT em Fortaleza, o deputado estadual Guilherme Sampaio, a legenda irá apoiar um candidato ou candidata da base da futura gestão. 

“Não, o PT não disputará a presidência da Câmara. Apoiará o nome construído com a base de sustentação do Governo Evandro, que venceu as eleições e terá maioria na Câmara para apoiar o cumprimento das propostas que ele apresentou a população na campanha”, salientou Sampaio.

Dois nomes ainda são cotados entre os membros aliados de Evandro na CMFor, Eudes Bringel (PSD) e Leo Couto (PSB). Nos bastidores, o parlamentar do Partido Socialista Brasileiro é tido como o predileto da aliança para concorrer pelo comando do Poder Legislativo. 

Questionado pela reportagem sobre o assunto, Couto evitou dar ênfase para o que está sendo especulado. “Estamos trabalhando”, respondeu o político brevemente. Já Bringel, ao ser contatado pela reportagem, foi mais enfático e disse que não irá concorrer para apoiar o colega: “Nosso candidato será o Leo Couto”.

Assim como o PL, o União Brasil também pode ficar do lado oposto ao grupo do prefeito eleito na Câmara Municipal. Presidido pela deputada federal Dayany Bittencourt, a agremiação ainda se organiza para poder deliberar sobre o tema. Nesta quinta, ao ser procurada, a dirigente, por meio de sua assessoria, comunicou que ainda irá dialogar com os vereadores eleitos para saber a posição deles e, só depois disso, irá se posicionar.

Entretanto, antes de tratativas com os dois vereadores que representarão o partido na CMFor, o Soldado Noélio e Márcio Martins, vereadores do PL foram procurados pelo diretório municipal do União Brasil para “buscar algum entendimento”. Na ocasião, os liberais teriam alegado, conforme a equipe de Dayany Bittencourt, não saber “dos planos do partido”. “Assim que houver alguma confirmação, estaremos abertos para discutir”, completou a assessoria.

Além do União e do PL, membros do Avante e do PSDB também se colocaram contrários a Evandro Leitão no segundo turno das eleições municipais. A oposição do PSDB, representado por Jorge Pinheiro, é certa, como tem sido declarado por ele publicamente. Quanto ao Avante, a conduta a ser tomada ainda é incerta.

O atual presidente da CMFor, Gardel Rolim (PDT), está elegível para um novo ciclo no comando do Legislativo, já que foi eleito pela primeira vez para o mandato em curso. A reportagem acionou a comunicação do parlamentar, a fim de saber se irá tentar a reeleição. Não houve resposta até a publicação desta matéria. O conteúdo será atualizado caso haja uma devolutiva.

Embora a cadeira de presidente da Câmara Municipal seja o posto de maior destaque na disputa que se aproxima, também estarão em jogo os demais assentos que compõem a Mesa Diretora. A votação irá eleger também o primeiro vice-presidente, o segundo vice-presidente, o terceiro vice-presidente, o primeiro secretário, o segundo secretário e o terceiro secretário. Três suplentes completam o quadro em disputa.

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