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Presidência da CMFor: quais as chances de a disputa repetir união de André, Wagner e Roberto Cláudio

As primeiras tratativas parecem seguir entre dirigentes e lideranças partidárias, de modo que os novos vereadores ainda não demonstram estar a par das negociações

Escrito por Ingrid Campos , ingrid.campos@svm.com.br
André Fernandes, Capitão Wagner, Roberto Cláudio, Câmara Municipal, Fortaleza, presidência
Legenda: Os três dirigentes estiveram juntos na campanha à Prefeitura de Fortaleza.
Foto: SVM

Após as eleições para a Prefeitura de Fortaleza, a escolha da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal pode repetir a configuração eleitoral entre os partidos que disputaram o Executivo no 2º turno. Na quinta-feira (21), o presidente do PL Fortaleza, o deputado federal André Fernandes, indicou que lançaria uma chapa para rivalizar com a candidatura governista. Importantes adições à sua campanha derrotada no pleito municipal, Capitão Wagner (União) e Roberto Cláudio (PDT) também se articulam, ainda com o desafio de alinhar os discursos entre opositores.

As primeiras tratativas parecem seguir entre dirigentes e lideranças partidárias, de modo que os novos vereadores ainda não demonstram estar a par das negociações.  

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“Até hoje, só quem nos procurou a nível partidário para dialogar a respeito desse assunto foi o PDT e o PSDB. Nenhum outro partido nos procurou até esse momento para tratar desse assunto. Estamos abertos para dialogar quanto a essa possibilidade. Se ela existir de fato, nós temos total interesse em participar. Mas repito: quem nos procurou até agora foram somente essas duas agremiações”, informou Capitão Wagner, presidente estadual do União Brasil, ao PontoPoder.

Ele acrescentou que a conversa foi iniciada com Roberto e com os tucanos Élcio Batista, presidente estadual da sigla, e Tasso Jereissati, mas que não há “nada acertado, por enquanto”. Tanto Roberto quanto Élcio também foram buscados pelo PontoPoder para comentar a discussão.

Élcio reforçou que tem dialogado com os aliados sobre vários assuntos, inclusive a sucessão na Câmara. "Tem de um desejo, uma articulação de parte dos vereadores para disputar com uma chapa. Mas não sei se eles conseguirão se unir em torno de um projeto de oposição", afirmou o atual vice-prefeito da Capital. Roberto Cláudio não se manifestou até a publicação.

Até o momento, não há indicativos de que a direção do PL tenha procurado ou tenha sido provocada a conversar sobre a sucessão da Mesa Diretora com outras lideranças partidárias. A nota divulgada pelo presidente da legenda em Fortaleza, André Fernandes, cita diálogo apenas com os seus cinco vereadores eleitos.

“Se aliar ao PT não é uma opção. Tendo isso como algo inegociável, o PL Fortaleza se posiciona contra a candidatura proposta pelo PT para Presidência da Câmara de Vereadores. De forma democrática e com o aval dos cinco vereadores eleitos, estamos trabalhando a formação de uma chapa de oposição para disputar a mesa diretora”, disse.

Novo comando

A eleição da Mesa Diretora só vai acontecer no início de 2025, mas já há entendimento de que o PT não vai disputar a presidência, como afirma o presidente municipal da sigla, Guilherme Sampaio. A base conta com duas possibilidades: Eudes Bringel (PSD) e Léo Couto (PSB), ainda que haja mais consenso em torno do segundo nome.  

Embora a cadeira de presidente da Câmara Municipal seja o posto mais visado, também estarão em jogo os demais assentos que compõem a Mesa Diretora. A votação irá eleger ainda o primeiro vice-presidente, o segundo vice-presidente, o terceiro vice-presidente, o primeiro secretário, o segundo secretário e o terceiro secretário. Três suplentes completam o quadro em disputa.

Bancada de oposição

Segundo a deputada federal Dayany Bittencourt, presidente do diretório municipal do União Brasil, vereadores do PL foram procurados para “buscar algum entendimento”. Na ocasião, os liberais teriam alegado não saber “dos planos do partido”. “Assim que houver alguma confirmação, estaremos abertos para discutir”, completou a parlamentar, via assessoria de imprensa na quinta-feira (21).

Ela também afirmou que ainda vai conversar com a nova bancada do seu partido na Câmara para poder se posicionar. Márcio Martins, reeleito vereador em outubro último, confirma que diálogo ainda não começou. “Tive conhecimento dessa chapa pela imprensa. Não fui procurado por ninguém”, informou.

É na próxima semana que as tratativas devem se intensificar, como aponta Capitão Wagner, em relação aos vereadores do União Brasil. O mesmo diz Julierme Sena, parlamentar do PL.

“Eu tenho conversado com alguns colegas a respeito de lançarmos uma chapa de oposição, contudo, no decorrer da semana que vem, irei intensificar o diálogo com os colegas vereadores para apresentarmos aos nossos pares outra opção para comandar a Casa Legislativa”, informou o vereador.

O PontoPoder também procurou Soldado Noélio (União) e outros eleitos pelo PL, Priscila Costa, Bella Carmelo e Inspetor Alberto. Somente este respondeu, encaminhando, via assessoria de imprensa, a nota divulgada por André Fernandes na quinta-feira. A reportagem não conseguiu contatar o vereador Marcelo Mendes (PL). 

Ainda que boa parte da bancada do PDT na Câmara seja pró-Evandro, Jânio Henrique está na oposição e afirmou não ter sido “procurado por nenhum dos lados para tratar do tema”. Já PP Cell ainda estuda se vai ser base ou oposição no próximo mandato. Ele também não está a par das negociações. 

E Gardel?

O atual presidente da Câmara Municipal de Fortaleza é Gardel Rolim, do PDT. Ele está elegível para um novo ciclo no comando do Legislativo, já que foi eleito pela primeira vez para o segundo biênio deste mandato, que acaba em dezembro.

A reportagem acionou a comunicação do parlamentar, a fim de saber se irá tentar a reeleição. Não houve resposta até a publicação desta matéria. O conteúdo será atualizado caso haja uma devolutiva.

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