Deputado paraibano Hugo Motta repete gesto de Ulysses Guimarães em posse na Câmara e cita o filme 'Ainda Estou Aqui'

Novo presidente da Câmara lembrou atuação de Ulysses Guimarães e ergueu Constituição de 1988

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Redação producaodiario@svm.com.br
Legenda: Agora líder da Casa, deputado afirmou que “o primeiro sinal de todas as ditaduras é minar e solapar todos os parlamentos”
Foto: Reprodução/Instagram

"Tenho ódio e nojo à ditadura", afirmou o deputado paraibano Hugo Motta (Republicanos-PB) durante discurso de posse como novo presidente da Câmara dos Deputados, no último sábado (1º).

A declaração recorda o gesto de Ulysses Guimarães na sessão de promulgação da Carta Magna, em 5 de outubro de 1988, quando o ex-Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil proferiu as mesmas palavras no púlpito. Segundo Hugo, a frase "ainda ecoa nestas galerias".

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“A memória de Ulysses deve iluminar corações e mentes nestes tempos difíceis. Pontificou Ulysses: ‘Se a democracia é o governo da lei, não só elaborá-la, mas também para cumpri-la são governo o Executivo e o Legislativo’. Repito Ulysses: são governo o Executivo e o Legislativo”, disse, seguido de aplausos pelo plenário da Câmara. As informações são da CNN Brasil.

Constituição de 1988

Não à toa, nesse movimento de lembrança dos atos de Ulysses durante Assembleia Nacional Constituinte que resultou na Constituição de 1988, Hugo Motta também ergueu um exemplar da Constituição Cidadã.

Na sequência, o agora líder da Casa afirmou que “não existe ditadura com Parlamento forte” e que “o primeiro sinal de todas as ditaduras é minar e solapar todos os parlamentos”.

Além disso, saiu em defesa de "imprensa livre e independente" e que haverá luta contínua pela "harmonia e independência entre os Poderes porque defendemos a democracia".

Menção a "Ainda Estou Aqui"

Outro ponto alto do discurso do deputado paraibano foi a menção ao filme "Ainda Estou Aqui", sobre os horrores da ditadura militar no núcleo da família do ex-deputado federal Rubens Paiva (PTB-SP). “Temos que estar sempre do lado do Brasil, em harmonia com os demais Poderes. Encerro com uma mensagem de otimismo: ainda estamos aqui”.

Em um breve histórico de atuação, Hugo Motta integrou a militância política do MDB, partido o qual foi filiado por mais de uma década. Há seis anos, porém, juntou-se ao Republicanos, à época Partido Republicano Brasileiro (PRB).

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