Delegacias da Mulher do Ceará terão servidores treinados para atender vítimas surdas de violência, diz Raquel Andrade
A secretária executiva dos direitos humanos participou da live do PontoPoder e comentou sobre como a Sedih tem atuado junto a outras pastas estaduais

A partir deste mês, os servidores das Delegacias de Defesa da Mulher do Ceará serão treinados em Língua brasileira de sinais (Libras) para atender vítimas surdas de violência de gênero. De acordo com a Raquel Andrade, secretária executiva de Direitos Humanos do Ceará (Sedih), a intenção é fortalecer o acolhimento e identificar mais rapidamente os casos no Estado.
“A Lei Maria da Penha fala que violência contra a mulher é uma ofensa aos Direitos Humanos, então, quando a gente fala da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da questão da dignidade da pessoa humana, a lente também é de gênero”, disse.
Raquel Andrade participou, nesta quinta-feira (6), da live do PontoPoder. Ela concedeu entrevista aos editores do PontoPoder, Jéssica Welma e Wagner Mendes, e comentou sobre como a Sedih tem atuado junto a outras pastas estaduais.
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“A gente trabalha essa transversalidade a partir das políticas que são da nossa competência. Por exemplo, a gente vai promover, em março, uma formação nas Delegacias da Mulher para que os servidores e servidoras possam atender mulheres surdas, com formação básica em Libras”, anunciou.
“Se uma mulher surda quiser narrar uma situação de violência, como que ela vai fazer se não tiver alguém que tenha noções básicas? Uma cadeirante, como que ela vai fazer um exame para identificar uma violência sexual se não houve alguém com uma concepção mínima dos direitos da pessoa com deficiência? Transversalidade é isso”