Cearense Wellington Macedo é preso no Paraguai por tentativa de explosão em Brasília
Wellington Macedo estava foragido desde janeiro deste ano. Ele foi condenado a seis anos de prisão
O blogueiro cearense Wellington Macedo de Souza, 47, foi preso em Cidade do Leste, no Paraguai, nesta quinta-feira (14). Ele, que estava foragido desde janeiro deste ano, é um dos condenados pela tentativa de explosão de uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, ano passado, na véspera do Natal. Na ação, o radialista Maxcione Pitangui de Abreu também foi preso.
No último dia 18 de agosto, ele foi condenado a seis anos de prisão, em regime inicialmente fechado, e deve pagar uma multa de R$ 9,6 mil.
O cearense já foi entregue a Polícia Federal, na tarde desta quinta. O momento ocorreu pela Ponte da Amizade, que conecta a Cidade do Leste a Foz do Iguaçu.
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Os outros dois envolvidos no crime, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues, já estão presos. Eles devem cumprir, respectivamente, nove anos e quatro meses de prisão e cinco anos e quatro meses.
O radialista Maxcione Pitangui de Abreu também foi entregue. O radialista do Espírito Santo é suspeito de organizar e incentivar atos antidemocráticos e estava foragido desde dezembro de 2022 após ter a prisão decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
Os dois estavam foragidos pelas autoridades do Brasil. Wellington também estava na lista de procurados da Difusão Vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol)
Entenda a condenação
Segundo as investigações policiais, Macedo usou o próprio carro para, na véspera do Natal, levar Alan Diego dos Santos, que carregava a bomba, às proximidades do aeroporto de Brasília, e ajudar a colocar o artefato dentro de um caminhão com querosene. No entanto, devido a uma falha técnica na montagem, a explosão acabou não se concretizando.
Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o cearense foi condenado por expor a perigo de vida a integridade física de outros mediante explosão, arremesso ou colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos.
"O crime foi premeditado. O acusado conheceu pelo menos um dos co-autores em Brasília, no acampamento montado em frente ao QG do Exército. As emulsões explosivas vieram do Pará, a pedido de George [Washington], o qual, após a montagem, entregou o artefato explosivo para Alan [dos Santos], que, por sua vez, ligou para o acusado e se encarregaram de tarefa importante, a colocação do artefato no local escolhido", escreveu o juiz na sentença.
Quem é Wellington Macedo?
Macedo foi candidato a deputado federal pelo PTB nas eleições gerais do ano passado. Ele é apoiador do ex-presidente Bolsonaro e chegou a integrar o quadro de comissionados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, dissolvido no início deste ano, mas que era comandado pela então ministra Damares Alves.