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Após voto em Evandro virar arma eleitoral, pai de André vota contra candidato único na Alece

Nova Mesa Diretora da Alece foi eleita com 44 votos favoráveis e um contrário, dado pelo deputado Pastor Alcides, pai de André Fernandes

Escrito por Igor Cavalcante, Bruno Leite , politica@svm.com.br
Pastor Alcides, pai de André Fernandes, votou contra o novo presidente da Alece, Romeu Aldigueri, apoiado por Evandro Leitão
Legenda: Pastor Alcides, pai de André Fernandes, votou contra o novo presidente da Alece, Romeu Aldigueri, apoiado por Evandro Leitão
Foto: Reprodução/Facebook André Fernandes; Davi Rocha/Diário do Nordeste

A eleição de Romeu Aldigueri (PDT) como presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), nesta segunda-feira (2), contou com 44 votos favoráveis e apenas um contrário. O opositor foi o deputado estadual Pastor Alcides (PL), pai do deputado federal e candidato derrotado à Prefeitura de Fortaleza, André Fernandes (PL).

A vitória de Aldigueri e da nova composição da Mesa Diretora da Alece contou com apoio até de deputados da oposição, mas Alcides foi inflexível. A postura do deputado é sequela da última disputa eleitoral para a Prefeitura de Fortaleza. 

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“Essa é a chapa do PT e eu sou a anti-petista, portanto, vou votar contra, sou contrário”, justificou Pastor Alcides em entrevista ao PontoPoder.

Sequela eleitoral

Nos debates eleitorais, ao ser acusado por André Fernandes de má gestão da Casa, o presidente da Alece e então candidato, Evandro Leitão (PT), citou diversas vezes que foi reeleito para a função de chefe do Legislativo Estadual de forma unânime em 2023, inclusive com o voto favorável de Alcides.

“Quando eu votei no Evando, ele era do PDT. Depois é que se converteu ao PT. Sempre eles começam assim, são de um partido e, de repente, vão para o PT. Então, antecipadamente, já anunciei o meu voto contra, vou votar contra e continuar com a mesma postura”, justificou o pai de André.

Durante as eleições para a Prefeitura de Fortaleza, Pastor Alcides argumentou também que Evandro Leitão era o único candidato para a Presidência da Alece em 2023 e a unanimidade em torno do nome dele passou por uma costura para garantir espaço na Mesa Diretora para a oposição.

No pleito legislativo deste ano, novamente, a chapa encabeçada por Romeu Aldigueri era a única apresentada para a disputa e contava com espaço garantido para a oposição. Ainda assim, segundo Alcides, não houve qualquer conversa para que ele pudesse apoiá-la. “Não houve nenhum tipo de conversa, até porque eu nem abri precedente para isso. Eu já disse no Plenário, falei que não tinha conversa, que a possibilidade de apoio era zero, então ninguém nem me procurou”, concluiu.

Além de Alcides, Romeu Aldigueri também não contou com o voto de um correligionário do pai de André Fernandes, o presidente do PL Ceará, Carmelo Neto. O parlamentar de oposição faltou à sessão em que foi realizado o pleito. Já com a vitória anunciada, em seu primeiro discurso, Aldigueri fez menção ao voto contrário e agradeceu, mas sem citar o nome de Alcides.

“Quero agradecer ao voto dos 44 que confiaram à Mesa Diretora a condução dos trabalhos desta Casa pelos próximos dois anos. Quero agradecer também a presença e o voto do deputado que votou contrário, isso é da democracia, nós somos a Casa do Povo cearense”, concluiu.

A composição da nova Mesa Diretora da Alece:

  • Presidência: Romeu Aldigueri (de saída do PDT)
  • 1ª Vice-presidência: Danniel Oliveira (MDB)
  • 2ª Vice-presidência: Larissa Gaspar (PT)
  • 1ª Secretaria: De Assis Diniz (PT)
  • 2ª Vice-Secretaria: Jeová Mota (PDT)
  • 3ª Vice-Secretaria: Felipe Mota (União Brasil)
  • 4ª Vice-Secretaria: João Jaime (PP)
  • Vogal: Luana Regia (Cidadania)
  • Vogal: Emília Pessoa (PSDB)
  • Vogal: David Duran (Republicanos)
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