Etarismo é crime? Entenda questão abordada no CNU baseada em caso real em universidade
Pergunta relembrou caso de universitárias que debocharam de colega de 40 anos
Após viralizar nas redes sociais no ano passado, o vídeo de três universitárias debochando de uma colega de 40 anos inspirou questão do Concurso Nacional Unificado (CNU), aplicado nesse domingo (18). Em dúvida se etarismo é crime, como apontado por uma das alternativas da pergunta, os candidatos decidiram levar o questionamento para a internet.
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Em registros publicados por usuários nas redes sociais, é possível observar que a questão usa o caso para exemplificar o preconceito existente contra os mais velhos. Questionados sobre qual tipo de descriminação social correspondia ao exemplo utilizado, os candidatos tiveram que escolher entre as seguintes opções: ageísmo, idadismo, etarismo, racismo ou capacitismo.
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ETARISMO É CRIME?
Na internet, diversos candidatos confessaram não saber se etarismo é considerado um delito, apesar de conhecer o conceito. “Etarismo é crime? Fiquei na dúvida por isso. Eu marquei, mas não tinha certeza se era crime”, questionou um usuário do X, antigo Twitter.
De acordo com a lei 10.741/2003, também conhecida como “Estatuto do Idoso”, o etarismo pode ser enquadrado como crime quando aparece acompanhado pela discriminação, ou seja, quando a pessoa é tratada de forma injusta ou desigual devido à idade. Indivíduos que, por qualquer razão, humilhem ou menosprezem alguém pelo mesmo motivo também respondem pela infração.
O delito tem pena prevista de 6 meses a 1 ano de reclusão, além de multa. Caso o acusado de cometer o crime seja responsável pela vítima, a punição pode ser aumentada em até 1/3.
RELEMBRE CASO DE ETARISMO
Gerando diversas discussões nas redes sociais, o conceito de etarismo se popularizou no Brasil em março do ano passado, após um trio de universitárias de Bauru, em São Paulo, gravar um vídeo debochando de uma colega do curso de Biomedicina, devido à idade da mulher.
“Ela tem 40 anos, já era para estar aposentada”, afirmou uma das estudantes, enquanto as outras reforçaram a opinião, declarando que a colega não deveria estar fazendo faculdade. Em determinado momento do registro, elas ainda ironizam, dizendo que a mulher “não sabe o que é Google” e perguntando “como desmatricular uma colega de sala”.