Operação apura suposta fraude em contratos de merenda escolar em Brasília; cearense é citado

Entre os nomes investigados, está o ex-chefe da Casa Civil do DF, Valdetário Monteiro, que foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE)

Escrito por Redação ,
Legenda: A operação foi deflagrada em três estados
Foto: PCDF/Divulgação

Operação da Polícia Civil do Distrito Federal, nesta quarta-feira (9), apura suposto esquema criminoso de favorecimento de empresas em contratos de merenda escolar. Pelo menos 26 mandatos de busca e apreensão foram feitos. A investigação procura desvendar também possíveis irregularidades na produção de videoaulas realizadas pela Secretaria de Educação do DF.

Entre os nomes investigados, está o ex-chefe da Casa Civil do DF, Valdetário Monteiro, que foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), além do ex-secretário de Educação, João Pedro Ferraz.

Através de nota, Valdetário preferiu aguardar o andamento das investigações para se posicionar sobre o assunto. "Aguardamos o conhecimento do conteúdo do eventual inquérito em andamento para compreensão dos fatos e futura apresentação de informações. 

Seguimos assim, certos e confiantes na Justiça e no hercúleo trabalho desenvolvido na Casa Civil", declarou.

Já Ferraz argumentou que sempre cumpriu com os preceitos da lei nas suas funções. "No mais, estarei sempre à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos, na certeza de que a investigação mostrará a retidão da minha conduta funcional", disse.

Investigação

Para a Polícia Civil, o caso de trata de um “possível conluio de grandes empresários do ramo alimentício para fraudar o caráter competitivo de licitações referentes à alimentação escolar”, assim como “irregularidades na contratação de produção de videoaulas”.

Além de Brasília, os estados de São Paulo e Piauí foram alvos da operação. A investigação integra a operação Self-Service, deflagrada nesta quarta-feira (9), e da operação Fames, que está na segunda fase. 

As duas operações são coordenadas pela Divisão Especial de Repressão à Corrupção da (Cecor), em conjunto com o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) e a Controladoria-Geral da União.

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