Egídio Serpa: O mistério do projeto S. Francisco

Escrito por Egídio Serpa , egidio.serpa@diariodonordeste.Com.Br

Afinal, quanto custará para cearenses, potiguares, paraibanos e pernambucanos a água do Projeto São Francisco de Integração de Bacias? Esta pergunta continua sem resposta. O Governo Federal - que nem definiu, ainda, qual organismo terá a gestão do projeto a partir de sua muito próxima conclusão - segue fazendo cálculos. O último deles - feito por técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA) - indicou o valor de R$ 0,51 (cinquenta e um centavos) por m³. "É muito caro", disse a esta coluna um fruticultor.

Se comparado, porém, com o preço da água que virá (ninguém sabe quando) da futura usina de dessalinização da água do mar que a Cagece promete construir no litoral da Grande Fortaleza, a água do Rio São Francisco custará muito pouco. A água a ser dessalinizada pela Cagece terá um custo estimado em até US$ 0,80 (oitenta centavos de dólar) por m³, o que, pela cotação de ontem, significa R$ 3,32.

O consumidor doméstico da periferia de Fortaleza não terá condição de encarar esse custo; o da Aldeota, o bairro mais rico da cidade, com certeza protestará; e o CEO de uma fábrica de cerveja ou de refrigerante recorrerá à Justiça contra essa tarifa. Um detalhe: 70% do custo da água do Projeto São Francisco são relativos à energia elétrica consumida por suas várias e gigantescas estações elevatórias instaladas e já em operação nos canais Leste e Norte.

Ajustadas

Secretário de Planejamento e Gestão do Governo do Ceará, o economista e deputado federal licenciado Mauro Filho celebrava, na quinta-feira (29), o aumento da arrecadação tributária. E o sucesso dos últimos ajustes que ele e sua equipe fizeram nas contas estaduais, "que continuam bem ajustadas", disse ele a uma fonte da coluna.

Delivery

Pequenas empresas que operam na área da alimentação descobriram uma maneira de contratar motoqueiros para seu serviço de delivery sem subordinar-se à legislação trabalhista. Os motoqueiros transformaram-se em microempresas e já recolhem seus imposto por meio do Simples. Ganharam os dois lados: o empregador, que passou a contar com um empregado formal, e este que, além do trabalho digno e legal, se tornou um contribuinte. Nesse setor, cresce a oferta de emprego.

Finalmente

Enfim, a Lava Jato chegou às gestões do PSDB no Estado e cidade de São Paulo.

Alguns empresários cearenses da agropecuária preocupam-se com o Cinturão das Águas, que para sua conclusão precisa da liberação de pelo menos R$ 58 milhões do Orçamento da União para a conclusão dos lotes 1, 2 e 5, incluídos os túneis. Tudo dependerá da pressão junto ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

Para empreender no Brasil, é preciso paciência. A burocracia - principalmente nas concessionárias de serviços públicos - é de tal monta que fica explícita a criação de dificuldades para a venda facilidades. Bolsonaro e Paulo Guedes têm razão neste ponto: é necessário e urgente facilitar a vida dos que geram emprego.

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