Cearense recebe prêmio na ONU por trabalho na luta contra a desertificação
Beatriz Azevedo foi a única brasileira a receber o título da UNCCD em 2024
A advogada e ativista cearense Beatriz Azevedo, de 31 anos, foi a única brasileira a receber o prêmio "Land Heroes 2024" (Heróis da Terra 2024, em tradução livre), um reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo trabalho como defensora ambiental.
A cerimônia de premiação aconteceu nessa segunda-feira (17) na cidade de Bona, na Alemanha, durante a programação pelo 30º aniversário da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas (UNCCD - sigla em Inglês), da qual o Brasil é signatário.
Além da cearense, nove jovens com idades entre 18 e 35 anos receberam a honraria durante a solenidade, que também fez menção ao Dia da Desertificação e da Seca de 2024, celebrado na data.
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Presidente da Comissão de Direito Ambiental da OAB no Ceará, Beatriz Azevedo também atua no Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema), além de ter sido cofundadora do Instituto Verdeluz, organização de proteção ambiental com atuação no Ceará. "O seu trabalho reflete um profundo compromisso com a defesa do ambiente e o empoderamento dos jovens no cenário global", destacou a UNCCD em seu site.
Reconhecimento
Para a advogada, estar entre os dez anunciados pela UNCCD, de um total de 800 inscritos, reflete uma trajetória de mais de dez anos em compromisso com a defesa do meio ambiente.
Além disso, Beatriz acredita que o reconhecimento servirá como oportunidade para criar conexões com o governo brasileiro, além de respaldar sua atuação junto ao governo local.
"Me sinto muito grata e muito feliz mesmo por poder representar o Brasil, o Ceará e Fortaleza nessa premiação, trazer a realidade do semiárido, da caatinga, do litoral para cá, porque é muito importante também a gente falar sobre a proteção dos vários biomas do Brasil. Então, tive a oportunidade de falar bastante sobre a importância da preservação da caatinga aqui, e esse titulo é importante porque esse reconhecimento internacional também cria conexões. Estou muito feliz. Acho que abre muitas portas e espero que o resultado também seja positivo no diálogo com o governo brasileiro quando eu voltar para o Brasil", afirma.