Estudantes cearenses são destaque em competição nacional voltada à criação de startups

As equipes ganhadoras foram selecionadas por um time de jurados e ainda via voto popular. Competição contou com a participação de mais de mil estudantes de todo o país

Legenda: Davi, Luiz Arthur e Artur Weyne conquistaram o 3º lugar na competição, na categoria Ensino Médio
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A criação de um aplicativo para ensinar, de forma lúdica, educação financeira para jovens e a elaboração de sacolas biodegradáveis, feitas com resíduos de casca de mandioca, estão entre as ideias que consagraram quatro equipes de estudantes cearenses na 1º edição do Start SFB. 

A competição nacional de empreendedorismo, voltada à criação de startups por jovens a partir de 12 anos, foi disputada. Ao todo, mais de mil participantes, de escolas públicas e privadas de todo o Brasil, se dividiram em 400 equipes para concorrer em duas categorias (Fundamental II e Médio). Para cada uma delas, um time de jurados escolheu três equipes ganhadoras, enquanto um quarto grupo foi selecionado via voto popular.

Maria Emília Cardoso, Eduarda Rabelo e Ana Clara Caetano Alves, do Colégio Militar de Fortaleza, conquistaram o 3º lugar na categoria Ensino Fundamental II. As estudantes desenvolveram um projeto cujo objetivo é democratizar o acesso à saúde bucal de qualidade para alunos de escolas públicas e crianças em situação de vulnerabilidade.

Já na categoria Ensino Médio, ganhou destaque a ideia de Maria Analice Magalhães Vidal, Marcus Levy Fernandes e João Mateus Franklin Pontes da Costa. Os estudantes de Paracuru, no litoral oeste do Ceará, criaram uma sacola plástica biodegradável, usando resíduos de casca de mandioca. O que lhes garantiu a 2º colocação na competição.

Escolhidas por voto popular na categoria Ensino Médio, Maria Clara Abondancia Bertini, Gabrielle Mitoso Araujo Santos e Gabriela Fraga, de Fortaleza, focaram na criação de uma comunidade para profissionais da saúde, a partir da qual eles possam trocar experiências e opiniões sobre casos.

Solução para o futuro

Legenda: A dificuldade para encontrar conteúdos sobre educação financeira, direcionados aos jovens, levou o grupo de estudantes a criar o aplicativo Justin
Foto: Divulgação

Também estudantes de Fortaleza, Davi Pinheiro Costa, Luiz Arthur Vieira e Artur Weyne Ximenes já se articulam para tornar realidade a ideia que lhes rendeu o 3º lugar na categoria Ensino Médio. 

Juntos, os amigos encontraram uma ferramenta lúdica e descomplicada de levar a educação financeira para jovens: o Justin, um aplicativo dinâmico que premia os usuários quando cumprem as suas metas de planejamento financeiro. 

O app foi pensado para solucionar a falta de conteúdos sobre o tema, direcionados exclusivamente aos jovens. Por isso, tem como público-alvo pessoas de 15 a 25 anos, ainda iniciantes na caminhada rumo à independência financeira. 

"O lema do nosso projeto é liberdade. O que o jovem quer hoje é liberdade e, para ele ter isso no futuro, precisa ter pelo menos uma base da educação financeira. E essa é a nossa proposta", resume o estudante do 2º ano do Ensino Médio, Davi Pinheiro Costa.

Segundo o jovem, de 16 anos, a falta de conhecimento sobre o tema gera no jovem incertezas quanto ao futuro, elevando os níveis de preocupação e ansiedade. " A nossa geração cresceu muito numa bolha e, além disso, o mercado de trabalho ficou mais competitivo e mais saturado". Enquanto isso, "o conhecimento sobre educação financeira também ficou cada vez mais concentrado nas grandes corporações, dificultando o acesso a informações. E ter conhecimento é o principal ativo que a gente tem que ter na vida".

A ideia é que o aplicativo seja gratuito e comece a ser desenvolvido dentro de até um ano, oferecendo conteúdos exclusivos a futuros assinantes, como lições extras.

A principal fonte de receitas para tornar o projeto sustentável, planejam os alunos, virá das parcerias futuramente firmadas com as escolas."Um importante passo do nosso projeto buscar fazer parcerias com as escolas, disponibilizando a plataforma personalizada". 

A partir dela, acrescenta Davi, os professores poderão avaliar o desempenho dos alunos e desenvolver aulas mais práticas e interativas, atrelando a educação financeira às disciplinas já existentes nos currículos escolares. 

"A gente já está começando a procurar desenvolvedores de softwares e começando a receber muitas propostas. A gente queria inventar uma empresa, facilitar alguma coisa no mundo e contribuir com a sociedade. Teremos que escolher os parceiros certos para essa jornada". 


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