Egídio Serpa: E a usina de dessalinização?

Escrito por Egídio Serpa , egidio.serpa@diariodonordeste.com.br

Há em elaboração um plano estratégico - o Ceará 2050 - que dará direção às políticas públicas do Governo do Ceará pelos próximos 30 anos. Ele já deveria ter sido finalizado, mas ainda não o foi por motivos desconhecidos. O desenvolvimento econômico e social deste Estado depende, para ter êxito, de uma boa política de recursos hídricos. Esta, por sua vez, precisa, antes de tudo, de dispor da matéria-prima - a água. Nos últimos sete anos, a natureza tem sido avara com o Ceará, cujos maiores açudes estão secos e seguirão assim até o início da próxima estação de chuvas. Diante da dependência secular da água da chuva - e confrontado com a baixa pluviometria que se replica anualmente desde 2012 - o Governo cearense já deveria ter implementado o seu projeto de instalar uma usina dessalinizadora da água do mar. Há tecnologias disponíveis, israelense e espanhola inclusive. É verdade que se trata de um projeto caro, porém mais caro ainda será o drama da falta de água no horizonte de um a dois anos, caso persistam o mau humor da natureza e a dubiedade da Cagece, que já deveria ter decidido se bancará ou não a construção dessa usina. Os açudes Orós e o Castanhão - os maiores do Estado - guardam menos de 6% de sua capacidade. A sorte é que o conjunto de açudes da Região Metropolitana de Fortaleza - Pacajus, Pacoti, Riachão, Gavião, Acarape do Meio, Aracoiaba e até o Maranguapinho - suportarão a demanda até dezembro. As chuvas terão de voltar em janeiro para renovar a esperança.

Melão

No ano passado, as exportações de melão brasileiro - 80% das quais feitas pela Agrícola Famosa, que tem fazenda de produção em Icapuí e na Chapada do Apodi - bateram em US$ 136 milhões. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, faz uma aposta forte no aumento dessas exportações, porque, ainda neste ano, os governos brasileiro e chinês celebrarão um acordo que prevê a exportação e a importação de frutas - melão no meio. Isto beneficiará a fruticultura cearense. A propósito: em agosto, que começará na próxima quinta-feira, serão iniciadas as exportações de lácteos - incluindo queijos, manteiga, leite condensado e em pó e iogurtes - do Brasil para a China.

Varejo

Para Freitas Cordeiro, presidente da FCDL, "há expectativas promissoras" para o varejo. "A liberação do FGTS resultará em imediato consumo, o que oxigenará o comércio". Para ele, "a injeção da primeira parcela do 13º salário é outro fator positivo". Freitas Cordeiro diz: "A construção civil está ensaiando uma recuperação, ainda tímida, o que representa recuperação de empregos”.

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