Sob tensão com Bolsonaro, governadores endurecem restrições em meio a alta de casos de Covid-19

As principais medidas envolvem toque de recolher e horário reduzido para funcionamento de comércio e atividades não essenciais

Escrito por Redação ,
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Legenda: Comércio cobra medidas de apoio para ajudar empresas a sobreviverem

Mesmo com ataques do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) às restrições sanitárias, pelo menos 15 governadores do País implementaram medidas mais duras ao funcionamento de atividades econômicas em seus territórios, numa tentativa de frear o rápido avanço da Covid-19. A maioria das medidas vale até o início de março.

Na sexta-feira (26), durante visita ao Ceará, o presidente da República subiu o tom contra os chefes de executivos estaduais por conta da adoção de medidas mais restritivas para a circulação de pessoas e para o funcionamento de atividades não essenciais. Na ocasião, o presidente disse que o governador "que fecha seu estado e que destrói emprego, ele é quem deve bancar o auxílio emergencial", voltando a criar tensão com os gestores estaduais.

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A maioria das restrições foram anunciadas entre a última sexta-feira (26) e este sábado (27). Os principais pontos envolvem toque de recolher e horário reduzido para funcionamento de comércio e atividades não essenciais

No mesmo dia, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou, por meio de boletim, que a ocupação de leitos de UTI para pacientes infectados pela Covid-19 atingiu o pior índice desde o início da pandemia. Em 12 estados - incluindo o Ceará - e no Distrito Federal, a taxa de ocupação é igual ou maior a 80%, nível de alerta crítico.

Todavia, nem todos os estados em alerta crítico adotaram restrições mais duras em âmbito estadual, deixando as normas a cargo dos municípios. É o caso de Roraima e Goiás.

Estados com novas restrições e toque de recolher

  • Bahia - mais de 80% de ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta crítico)
  • Ceará - mais de 90% de ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta crítico)
  • Paraíba - mais de 60% de ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta médio)
  • Piauí - mais de 70% de ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta médio)
  • Paraná - mais de 90% de ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta crítico)
  • Rio Grande do Norte - mais de 80% de ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta crítico)
  • São Paulo - mais de 60% ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta médio)
  • Rondônia - mais de 90% ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta crítico)
  • Amazonas - mais de 90% ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta crítico)

Estados que mantiveram ou anunciaram novas restrições para serviços não essenciais, sem toque de recolher

  • Acre - mais de 80% de ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta crítico)
  • Distrito Federal - mais de 80% de ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta crítico)
  • Mato Grosso do Sul - mais de 50% de ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta baixo)
  • Pernambuco - mais de 80% de ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta crítico)
  • Rio Grande do Sul - mais de 80% de ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta crítico)
  • Santa Catarina - mais de 90% de ocupação de leitos de UTI para pacientes Covid-19 (alerta crítico)