Cantor sertanejo suspeito de matar dentista carbonizada é preso e relata abuso de policiais em SP
João Vittor Malachias foi submetido a audiência de custódia nesta segunda-feira (9)
João Vittor Malachias, cantor sertanejo preso suspeito de matar a ex-namorada, relatou à Justiça de São Paulo abuso policial em audiência de custódia, nesta segunda-feira (9). A dentista Bruna Angleri foi violentamente agredida e teve o corpo parcialmente queimado no seu quarto, dentro de um condomínio de alto padrão, em Araras, no Interior de São Paulo.
As informações são do g1. O cantor foi preso nesse domingo (8). Malachias passou por audiência de custódia no Fórum de Ribeirão Preto. A prisão foi revertida para temporária, com validade de 30 dias. O cantor nega atuação no crime.
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Caso será investigado pela 3ª Corregedoria Auxiliar de Ribeirão Preto
A Secretaria de Segurança Pública informou que os fatos são apurados pela 3ª Corregedoria Auxiliar de Ribeirão Preto, informou em nota. O Tribunal de Justiça enviou uma cópia do termo da audiência à Corregedoria da Polícia Civil para apuração do caso.
Nesta segunda-feira, Malachias foi submetido ao exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, de Ribeirão Preto. Tabajara Zuliani, delegado à frente das investigações, negou violência policial e informou que nenhuma lesão foi atestada pelo médico legista.
Policiais comemoraram prisão
A Polícia Civil divulgou um vídeo do momento da prisão de Malachias. Nas imagens é possível ver agentes celebrando a captura do cantor.
O artista foi preso em um posto de combustíveis, entre Ribeirão Preto e Cravinhos, no Interior de São Paulo. Conforme a corporação, ele tentava fugir para Goiás.
Na sexta-feira, um mandado de prisão temporária foi expedido. Embora tenha ocorrido perseguição pela Rodovia Anhanguera (SP-330), o suspeito fugiu, após abandonar o carro.
O cantor ainda chegou a compartilhar uma nota nas redes sociais, contudo, foi deletada.
Relembre o caso
A dentista Bruna Viviane Angleri, de 40 anos, foi encontrada morta carbonizada sobre a própria cama, em 27 de setembro, no Distrito Industrial, em Araras (SP).
O corpo foi deixado na casa da vítima e, segundo a Polícia, não foram encontrados a bolsa e o celular dela. Ainda segundo as investigações, Bruna Viviane tinha uma medida protetiva contra o ex-namorado, que se tornou principal suspeito do crime. O caso foi registrado como homicídio.
De acordo o delegado de Araras, Tabajara Zuliani dos Santos, a vítima foi violentamente agredida no rosto e provavelmente com ela já morta, foi ateado fogo na cama.
No quarto onde Bruna foi encontrada, apenas a cama estava carbonizada. A polícia já interrogou o ex-namorado da vítima, que negou o crime.
"Um crime muito violento, atípico para uma cidade do tamanho de Araras e estamos lidando com inúmeras possibilidades", afirmou o delegado.