Saiba quem é Álvaro Damião, que assume Prefeitura de Belo Horizonte após morte de Fuad Noman
Político atuava como prefeito interino desde o início de janeiro devido à internação de Fuad

Com a morte do prefeito Fuad Noman (PSD) nesta quarta-feira (26), o vice Álvaro Damião (União Brasil) passa a comandar oficialmente o Poder Executivo de Belo Horizonte (MG). O político faleceu ao sofrer uma parada cardiorrespiratória, após ficar 82 dias hospitalizado em decorrência de sequelas de um câncer no sistema linfático.
Damião, que atuava como prefeito interino desde o início de janeiro devido à internação de Fuad, é aliado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O senador mantêm influência no União Brasil em Minas Gerais e foi o responsável por articular tanto a aliança com o partido, quanto a indicação de Damião como vice de Fuad.
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Quem é Álvaro Damião
O agora prefeito é um nome popular na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com quase 30 anos de atuação na rádio Itatiaia, onde se destacou como repórter esportivo, narrador e apresentador.
Após ser empossado, o jornalista licenciou-se tanto da rádio e da TV Alterosa, afiliada do SBT. Na televisão, apresentava desde 2020 programa policialesco no qual cunhou o bordão "vai morrer um aí, ó" e outra atração, esportiva, aos sábados.
Ele também é conhecido por outros bordões, usados invariavelmente nas transmissões esportivas, como "aqui não, pica-pau", "mexe, remexe, estremece, enlouquece", para se referir à torcida após um gol, e "bacana demais". Este último também dá nome ao instituto criado por Damião em 2014 e que oferece atividades esportivas, culturais e de assistência social à população.
Vida política e desafios
O novo prefeito começou a carreira política após se eleger vereador em 2016, cargo para o qual foi reconduzido em 2020 pelo DEM, partido que à época era comandado por Pacheco no Estado. No ano passado, o jornalista optou por não se candidatar a um terceiro mandato para compor a chapa com Fuad Noman.
Damião assumiu o comando do Executivo municipal semanas após enfrentar uma derrota na Câmara de Vereadores. Como secretário de Governo no fim de 2023, articulou a candidatura de Bruno Miranda (PDT) para a presidência da Casa, mas o aliado foi derrotado por Juliano Lopes (Podemos) por 23 votos a 18.
Após o resultado, Lopes chamou Damião de "pateta", mas depois recuou e afirmou que a fala foi um desabafo sobre a interferência da Prefeitura na eleição. Ainda assim, ele deixou em aberto a possibilidade de composição política para nomeações no secretariado.
Lopes faz parte de um grupo de parlamentares conhecidos na política belo-horizontina como "Família Aro", em referência a Marcelo Aro (PP), ex-deputado federal que se tornou secretário da Casa Civil do governo de Romeu Zema (Novo) nos últimos anos.
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