MP pede internação e avaliação psiquiátrica urgente de aluno responsável por ataque em escola de SP
Órgão aponta que o menor de idade deve permanecer longe do convívio social porque colocou em risco alunos e funcionários
O Ministério Público de São Paulo pediu a internação provisória do estudante responsável por ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, ocorrido na manhã de segunda-feira (27). A solicitação, feita nesta terça-feira (28), incluiu ainda o pedido de uma avaliação psiquiátrica urgente e outra avaliação da equipe técnica da Fundação Casa.
Conforme o g1, a Justiça de São Paulo irá avaliar o pedido, considerando que o ataque do aluno de 13 anos deixou uma professora morta.
"A conduta do adolescente colocou em risco toda a coletividade de alunos e funcionários que estava presente na escola no momento do ataque, somente não tendo alcançado proporções ainda maiores porque foi impedido de prosseguir com seus atos”.
A Promotoria de Justiça da Infância e Juventude declarou que as “circunstâncias evidenciam a impossibilidade, por ora, do jovem permanecer em convívio social”, e que se trata de um caso de "indiscutível repercussão social”.
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Entenda o caso
Um aluno esfaqueou quatro professoras e um aluno na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, na segunda-feira (27).
O agressor foi identificado como um adolescente de 13 anos, aluno do 8º ano do ensino fundamental na instituição. Ele foi contido por uma professora e pela ronda escolar e depois encaminhado ao 34° DP, onde o caso foi registrado.
O estudante teria criado um quiz sobre matadores em série. O título do questionário online era "Qual dos serial killers você seria?". Havia ainda uma pergunta sobre "qual Coringa (personagem vilão do Batman) você seria".
No questionário também possuía uma enquete sobre cinco formas de matar, no qual ele descreve instrumento de matança, motivação do crime, vestimenta e propõe necrofilia.
Ataque planejado
O jovem planejou um ataque com arma de fogo, conforme o titular da Segurança Pública de São Paulo Guilherme Derrite informou em coletiva, na segunda-feira (27).
"Ele estava planejando fazer um atentado com uma arma de fogo e não conseguiu. Ele relatou isso informalmente aos policiais civis e militares que chegaram na ocorrência", declarou Derrite.